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Paróquia de Sto.André é alvo de série de invasões e furtos

Padre Gonize da Rocha registrou quatro boletins de ocorrência desde junho em igreja e capelas; ‘Não roubarás’, lembrou o religioso

Beatriz Mirelle
14/08/2024 | 10:05
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FOTO: Arquivo Pessoal

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Nem mesmo os templos religiosos do Grande ABC têm sido poupados da criminalidade. Desde junho, o padre Gonize Portugal da Rocha, 45 anos, responsável pela Paróquia Cristo Operário, na Vila Linda, em Santo André, teve que registrar quatro boletins de ocorrência sobre casos de invasão e furto. “Está terrível. Já quebraram janelas. Também roubaram torneiras, símbolos dourados e até mesmo bebidas que usaríamos em festas juninas”, relata Rocha, que calcula que o prejuízo já chega a R$ 4.000. 

A Paróquia Cristo Operário é uma matriz paroquial, que abrange também as capelas Nossa Senhora Aparecida, no Jardim Alvorada, e Sagrado Coração de Jesus, no Jardim Las Vegas. De acordo com o padre, todas elas foram invadidas nos últimos dois meses. 

“A primeira vez foi no início de junho, na Cristo Operário, na Rua Carijós. Um homem entrou na igreja, por volta das 10h, foi até a Capela do Santíssimo Sacramento e arrancou um ramo de trigo dourado que tínhamos. Também levou quatro garrafas de pinga que usaríamos para fazer o quentão. Já até havia alguns fiéis na igreja (no horário). Mesmo assim, só percebemos quando ele já tinha ido embora”, relata Rocha. “Conseguimos recuperar o trigo, mas todo torcido. Acho que pensaram que era de ouro, mas é só dourado.” 

Depois disso, em julho, duas invasões ocorreram na Capela Sagrado Coração, no Las Vegas. “Elas aconteceram na mesma semana, de madrugada. Quebraram um vidro que tive que pagar R$ 800 para trocar. Roubaram registro de hidrante, tachos de alumínio, torneiras. Fizemos boletim de ocorrência, não deu nada. Nem vimos aumentarem o policiamento nas ruas.”

O quarto caso notificado ocorreu na última quinta-feira (8). “Não respeitam nem o fato de ser um lugar sagrado. Entre os mandamentos, está ‘Não roubarás’. Está extremamente complicado. Na semana passada, entraram na Capela Nossa Senhora Aparecida, que estamos reformando. Foram dois homens, estavam até com uma cadeira para entrar. Por sorte, o vizinho gritou e eles fugiram. Mesmo assim, arrancaram metade da janela. Isso foi às 6h30. Eles não têm horário”, lamenta.

O padre explica que a alternativa para tentar inibir os casos foi a instalação de câmeras e alarmes de segurança. “Estamos tentando nos proteger por conta própria. O prejuízo já chega a R$ 4.000 porque, além de ter que comprar novamente o que foi roubado, precisamos ir atrás desses equipamentos de monitoramento. Não adianta esperar. Registramos todos os casos e não vimos mudança nenhuma. Raramente há policiamento.”

O Diário questionou a SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado), pelo trabalho das polícias Civil e Militar, sobre o que tem sido feito para garantir a segurança dos moradores dos bairros Vila Linda, Jardim Alvorada e Jardim Las Vegas, mas a Pasta não respondeu até o fechamento desta edição. 

A Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Segurança Cidadã, esclareceu que “faz análise dos índices criminais da região e mantém constante diálogo com as forças policiais para reforço das ações. A GCM (Guarda Civil Municipal), por sua vez, vai reforçar o patrulhamento com as viaturas de área, dentro de sua competência constitucional, para garantir a sensação de segurança da população.”




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