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Rio Grande, caçula do Grande ABC, almeja protagonismo regional

Sexagenária cidade busca investimentos para o desenvolvimento e fomento ao setor de turismo; prefeita reclama da falta de apoio externo

Wilson Guardia
19/07/2024 | 22:16
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FOTO: Celso Luiz/DGABC

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Sexagenária, mas cidade caçula do Grande ABC, Rio Grande da Serra busca protagonismo regional, cobra olhar mais atencioso das esferas Estadual e federal e tenta atuar na atração de investimentos para o desenvolvimento sustentável. Com 100% da área inserida em região de manancial, entraves legais dificultam a instalação de grandes indústrias. Por isso, empresas de tecnologia e serviços são os principais alvos, mas a prefeita Penha Fumagalli (PSD) avalia que, com a elevação da cidade a MIT (Município de Interesse Turístico), o crescimento será pari passu à instalação de novos negócios.

Porém, para fomentar o setor, a infraestrutura urbana deve ser adequada aos novos tempos. Nesse sentido, intervenções são necessárias. Apesar de obras estruturantes absorverem demandas por décadas e ocorrem em paralelo à exploração turística, elas precisam acontecer, cedo ou tarde.

Penha garante que a cidade tem se preparado. A rodoviária central, por exemplo, que vai receber ônibus municipais e intermunicipais, será entregue em dezembro. “As vigas foram levantadas e a cobertura está pronta. Agora, há um processo de licitação para contratação da empresa que vai fazer a parte final da rodoviária com projeto hidráulico, elétrico, paisagismo, entre outras intervenções”, disse a prefeita.

Outros pleitos, se atendidos, facilitarão a chegada de turistas a Rio Grande da Serra. Entre os pedidos junto ao governo do Estado, mas que avançam a passos curtos, estão a criação de um acesso à SP-122 (Rodovia Deputado Antonio Adib Chammas) para o bairro Jardim Santa Tereza e a mudança de lugar – em torno de 300 metros – da estação da Linha-10 Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), para que seja interligada à rodoviária.

Com mais de 3.000 nascentes e ampla área verde na cidade, Penha reclama que o Grande ABC e parte do Estado se beneficiam da vasta produção de água e ar puro produzidos naturalmente pela cidade, mas poucos realmente têm se importado com Rio Grande. “Todos colhem os bônus e nós ficamos com os ônus”, reclama, ao pedir mais atenção de deputados da região que sequer “sabem onde fica Rio Grande”. 

Para a chefe do Executivo, além de a cidade já estar no Mapa Turístico nacional, é preciso que a Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) aprove o MIT. Dessa forma, a cidade passaria a receber também um incremento em suas receitas. “Nós existimos e também buscamos o protagonismo” finaliza a chefe do Executivo.




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