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Inteligência Artificial deve ser uma aliada do trabalhador

Profissionais precisam se adaptar diante do ganho de eficiência com a tecnologia

Camila Pergentino
16/06/2024 | 10:08
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FOTO: Freepix


A IA (Inteligência Artificial) é um tema que ganha cada vez mais popularidade. Principalmente após, em 2022, a OpenAI lançar o ChatGPT, uma ferramenta avançada que foi desenvolvida para entender e gerar textos como se fossem produzidos por humanos, de maneira coerente. 

O desenvolvimento acelerado preocupa a classe trabalhadora: três em cada quatro profissionais brasileiros acreditam que a IA substituirá seus empregos, segundo levantamento da Page Interim, unidade de negócio do PageGroup. Não por acaso, um relatório divulgado em janeiro pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) estima que a IA vai afetar 40% das ocupações em todo o mundo.

A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), da qual o Brasil faz parte, estima que, em média, 27% da força de trabalho dos 38 países-membros do bloco podem ser facilmente automatizadas na próxima revolução da IA. 

Por outro lado, existem os ganhos que a tecnologia pode trazer, ao melhorar a eficiência e a produtividade das operações. É o que ressalta Leonardo Berto, gerente da Robert Half no Grande ABC. “A inteligência artificial faz a empresa ganhar mais eficiência. A empresa se torna mais competitiva, ela ganha mercado, ela cresce e se desenvolve”. Segundo a análise do especialista, “até hoje, a gente não tem evidências de que a tecnologia veio reduzir o número de posições no mercado de trabalho. O desenvolvimento tecnológico acompanha o desenvolvimento econômico, o que também acompanha e transforma as relações de consumo como um todo. A curva de desenvolvimento econômico global e o desenvolvimento do mercado de trabalho global, ele está em expansão. A gente não tem redução de posições de trabalho, a gente tem geração de novos empregos com desenvolvimento da economia”, apontou. “Certamente, essas carreiras vão sofrer alterações, mas outras posições vão surgir”, complementou.

Conforme Berto, os profissionais precisam “se apegar à educação continuada”. “O profissional que está atualizado a essa nova tecnologia tem uma janela de oportunidade de progressão de carreira muito grande. Enquanto o profissional que não acompanha esse desenvolvimento, pode ter um pouco mais de dificuldade de ter um crescimento vertical ou um desenvolvimento maior a longo prazo.”




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