Censura a Camila Pergentino, em S.Caetano, sensibilizou vereadores
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A Câmara de Mauá mostrou sensibilidade à jornalista do Diário Camila Pergentino, vítima de censura por parte do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSD). O chefe do Executivo proibiu a repórter de concluir uma pergunta à ex-secretária de Saúde Regina Maura (PSD), pré-candidata à vice-prefeita, que acabara de ser exonerada do cargo, e também impediu a pessedista responder ao questionamento. A propositura apresentada pela vereadora Cida Maia (PT) teve resultado unânime, 23 votos possíveis, aprovando a iniciativa. O texto apresentado se estende também à vereadora Bruna Biondi (Psol), vítima de ataque misógino praticado pelo mandatário sul-caetanense.
A mobilização em Mauá deixou de lado a coloração político-partidária e demonstrou, mesmo dentro de espectros ideológicos diferentes ou convergentes, que a liberdade de imprensa e respeito às mulheres devem ser pilares para uma sociedade justa e igualitária. Em São Caetano, por exemplo, a base de Auricchio, maioria na Câmara, se posicionou contrariamente à moção de apoio a Camila apresentada pelo vereador Edison Parra (Podemos). Na ocasião, foram 13 votos contrários, dois favoráveis e três ausências. O presidente Pio Mielo (PSD) não votou.
Cida Maia comentou ser fundamental “união na defesa da liberdade de imprensa e combate à violência de gênero”.
Parra aproveitou a sessão de ontem em São Caetano para cutucar os colegas de Legislativo. “Hoje (ontem) em Mauá foi aprovada a moção de apoio à jornalista Camila Pergentino, do Diário, e infelizmente esta Casa optou por não apoiar a profissional. Fico feliz por ela ter sido reconhecida”.
LDO
Na Câmara de Mauá, os vereadores também aprovaram a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2025. O prefeito Marcelo Oliveira (PT) enviou documento com projeção de receita de R$ 1,8 bilhão, valor 10,9% superior ao estimado para este ano. O único voto contrário partiu do vereador Sargento Simões (PL), pré-candidato a prefeito. “É inadmissível destinar R$ 5 milhões para publicidade dos atos do prefeito e para o Fundo Social de Solidariedade, para ajudar quem mais precisa, pouco mais de meio por cento do Orçamento”, justificou o oposicionista.
Com 14 votos, veto do prefeito ao projeto de Simões que solicita ao Executivo fornecimento gratuito de aparelho para monitoramento de glicemia aos pacientes do Sistema Único de Saúde foi derrubado.
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