Política Titulo Mauá
Geovane Corrêa deve prorrogar afastamento

Cúpula do PT se reúne dia 1º para definir futuro do presidente da Câmara de Mauá

Wilson Guardia
27/03/2024 | 08:42
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FOTO: Reprodução/Facebook


O presidente da Câmara de Mauá, vereador Geovane Corrêa (PT) deve prorrogar o seu afastamento por mais um mês. O parlamentar pediu afastamento de sua função no dia 29 de fevereiro para se defender de uma acusação de pedofilia. O prazo para seu retorno seria no dia 1º de abril, porém, no Legislativo o sentimento entre os pares é de que ele não voltará até o fim do mandato, em 31 de dezembro. 

Geovane nega veementemente qualquer crime a ele imputado, no entanto, o dano à imagem causado pela acusação prejudica o petista de seguir em qualquer projeto político. No dia 12 de março, em conversa com Diário, Geovane afirmou que não prorrogaria o afastamento, porém, diante da repercussão que o caso ganhou, o vereador segue recluso e não tem se manifestado mais.

O assunto é evitado na Câmara e quase nenhum vereador, seja da base ou da oposição, fala abertamente sobre o tema. O inquérito policial, por se tratar de suposto crime sexual contra menor de idade, está sob segredo e nenhum andamento processual é divulgado. A vereadora Cida Maia, primeira suplente de Geovane, e vice-presidente do diretório municipal do PT, diz que ainda não há um posicionamento partidário oficial sobre o caso e informa que o núcleo duro petista fará uma reunião deliberativa no próximo dia 1º para definir o futuro político de Geovane Correa. Há temor que a acusação possa, de certa forma, respingar na chapa majoritária, encabeçada pelo prefeito Marcelo Oliveira (PT), que tentará a reeleição. Neste encontro, uma das propostas do diretório municipal seria tentar convencer Geovane a não disputar as eleições de outubro e até mesmo afastá-lo de qualquer atividade partidária. 

O vereador sargento Simões (PL), pré-candidato a prefeito, foi quem levou o caso de Geovane ao Ministério Público, que por sua vez, remeteu a investigação à Polícia Civil. O parlamentar afirma que já prestou depoimento sobre o caso e aguarda o curso da investigação criminal.

O liberal promete que, caso Geovane Correa volte para sua função no Legislativo, pedirá a cassação de seu mandato. “Será inadmissível um homem acusado de pedofilia presidir esta Casa.”

ENTENDA O CASO

A acusação contra Geovane Correa teve origem em 2021, logo após ele assumir a presidência da Câmara. O petista alega ter sido alvo de um golpe, que consistiu em ameaças e extorsões. Um grupo criminoso teria enviado fotos de mulheres e adolescentes nuas e assim que ele abriu a mensagem, sem saber de seu conteúdo, as chantagens tiveram início. 

Geovane diz que na época registrou Boletim de Ocorrência, mas cópia não foi apresentada ao Diário. “Adversários políticos sem qualquer tipo de escrúpulo utilizaram de tal conteúdo privado para criar uma narrativa caluniosa e difamatória”, afirmou o vereador que tem se debruçado sobre sua defesa.




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