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Confira os lançamentos de livros da semana
Patrício Bentes
Do Diário do Grande ABC
17/12/2000 | 18:27
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O Brasil em Festa
(De Sávia Dumont, Companhia das Letrinhas, 80 págs, R$ 23)

O brasileiro sempre foi considerado um povo festeiro, mas pouco trabalhador. Essa apreciaçao, originária de civilizaçoes anglo-saxônicas, nao representa a verdade. Como diria com conhecimento de causa Darcy Ribeiro, um povo oriundo de índios e negros nao poderia deixar de festejar a natureza que o rodeia, os deuses e os frutos do trabalho, para poder continuar superando as adversidades do dia-a-dia. Esse livro de Sávia Dumont faz uma viagem pelas manifestaçoes festeiras de todo o país. Cada festa é apreciada dentro do contexto que a originou, com explicaçoes sobre suas origens, seus rituais, a época e o local em que ocorre. No campo, na cidade, na floresta, no sertao, na beira-mar, no cerrado e nos pampas, homens e mulheres fazem da folia de reis, das festas juninas, das festas do candomblé e das festas do divino formas de expressar seus sonhos e aspiraçoes. Outras manifestaçoes festeiras: marujada, cavalhada, congada, festa do boi, festa do frevo, festa da moça nova, dança gaúcha, dança de Sao Gonçalo e o eterno Carnaval. Ilustraçoes de Demóstenes.

Verdade ao Amanhecer
(De Ernest Hemingway, Bertrand Brasil, 378 págs. R$ 36)

Um auto-retrato e uma crônica dramática sobre o último safári na Africa do Sul feita pelo escritor e jornalista norte-americano que revolucionou a prosa moderna. Hemingway (1899-1961) o escreveu em 1953, quando retornava de uma temporada no Quênia. A obra permaneceu inédita durante quase meio século. Foi publicada em 1999, ano do centenário de nascimento do Nobel de Literatura em 1954. A açao tem início quando um famoso caçador, Pop, entrega a Hemingway a responsabilidade pela área de caça onde está se realizando o safári. O fato coincide com rumores de que o território poderá ser atacado por uma organizaçao africana que se opoe ao poder colonial dos ingleses. Enquanto o ataque nao acontece, Mary, a esposa do escritor, empenha-se em caçar um leao pelo qual está obcecada. Hemingway, com fino humor, capta a excitaçao da caça aos grandes animais selvagens e toda a beleza do cenário africano. Para um profissional que cobriu, como jornalista, a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra, nada melhor do que refletir sobre o próprio ato de escrever, o papel do escritor diante da verdade e satirizar a religiao organizada na Africa.

A Estrada do Mar
(De Barbara Delinsky, Bertrand Brasil, 420 págs., R$ 42) Barbara Delinsky é autora de 66 romances que já foram editados em 18 idiomas. Ao todo, sua obra foi impressa em cerca de 21 milhoes de exemplares. A história desse romance tem como paisagem o norte da Califórnia, nos Estados Unidos. Rachel Keats e Jack McGill eram pintores e estavam profundamente apaixonados quando casaram, até que as pressoes da vida começaram a cobrar o seu tributo. Depois de dez anos, eles se divorciaram e seguiram por caminhos diferentes. Jack permaneceu em Sao Francisco. Rachel mudou-se com as duas filhas pequenas para Big Sur. Seis anos depois, um alarmante telefonema pede que Jack ponha de lado sua movimentada vida profissional, como arquiteto, e corra para o hospital em que a ex-esposa foi internada após sofrer um acidente em uma estrada. Enquanto permanece em vigília à sua cabeceira no hospital, Jack descobre uma Rachel que até entao ele desconhecia. A generosidade dos vizinhos, o companheirismo dos amigos e o tempo insubstituível que se passa com a família sao os outros temas.




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