O recente relatório global World Air Quality trouxe à luz uma realidade preocupante para os cidadãos de São Caetano: a cidade figura como a sexta do Brasil com o ar de pior qualidade. O nível de micro-organismos potencialmente perigosos em cada metro cúbico de oxigênio excede em pelo menos três vezes os níveis recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Tal classificação não apenas é uma mancha na reputação ambiental da região, mas também um alerta sério para as consequências diretas no bem-estar dos munícipes. As implicações são claras: um ar poluído leva pessoas aos hospitais, seja por doenças respiratórias agudas ou complicações dermatológicas.

Como gestor municipal, o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) deve direcionar atenção especial a essa questão urgente. Ele não pode mais se dar ao luxo de adiar medidas que visem à melhoria da qualidade do ar da cidade. É imperativo que o governo implemente planos imediatos para reverter essa situação preocupante. Entre as medidas necessárias, destaca-se a formulação de abrangente plano de arborização. Como atestam especialistas, a medida é uma estratégia eficaz para purificar a atmosfera. Árvores desempenham papel fundamental na absorção de dióxido de carbono e na produção de oxigênio, contribuindo diretamente para a melhoria da qualidade do ar.

Além disso, áreas verdes proporcionam sombra e resfriamento, reduzindo a formação de ilhas de calor e promovendo um ambiente mais saudável e agradável. Portanto, o prefeito não pode demorar a tomar medidas concretas para enfrentar o desafio da poluição em São Caetano, especialmente por causa do alto número de veículos que circulam pela cidade. Historicamente uma das melhores localidades para se viver no Brasil, o município começou a inchar nos últimos anos – sem lugar para crescer, passou a verticalizar as residências, atraindo cada vez mais gente, e veículos, sem que tenha se preocupado em garantir filtros adequados para manter o ar respirável. A conta chegou.