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Polícia Florestal autua por corte de árvores em Sto.André
Andrea Catão Maziero
Do Diário do Grande ABC
22/09/2001 | 19:54
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O proprietário de um terreno na esquina entre as ruas Padre Manoel de Paiva e Monções, no bairro Jardim, em Santo André, vai responder por crime ambiental. A Polícia Florestal esteve sábado na área e constatou a derrubada de 22 árvores nativas, entre outras espécies exóticas. Segundo um vigia encontrado no local, no lugar deve ser feito um estacionamento.

De acordo com o sargento Osvaldo Moratto Garcia, a Polícia Florestal recebeu duas denúncias, uma na quinta-feira e outra sexta-feira. A primeira foi feita por um morador do bairro, a segunda pela Prefeitura de Santo André. “Teremos de chamar um botânico para catalogar as espécies derrubadas, pois retiraram toda a galhada e cortaram os troncos em pequenos pedaços”, disse o sargento, depois de constatar que a identificação das espécies seria difícil.

Segundo ele, toda a área foi descaracterizada. O sargento pôde apenas reconhecer quaresmeiras, goiabeiras e uma araucária. Palmeiras também foram cortadas. Ainda foi constatada a destruição de ninhos de pássaros entre galhos e troncos serrados distribuídos pelo terreno.

Na manhã de sábado, apenas encontrava-se no local o vigia Marcos Antônio da Silva, 31 anos. Ele é contratado pelo Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que há 30 dias deixou a casa e mudou-se para outro endereço. “Pediram que eu ficasse aqui para evitar invasões até que o proprietário começasse a reforma da casa.” Silva disse conhecer o dono apenas pelo prenome Jaime.

O vigia informou ainda que a derrubada começou há 15 dias. “Primeiro, o proprietário disse que cortaria apenas três árvores, pois estariam condenadas. Mas, depois, ele mudou de idéia e falou que iria fazer um estacionamento”, disse. Silva afirmou ainda que dois homens trabalhavam na retirada das árvores.

O policial florestal Antônio Vieira de Barros afirmou que o proprietário será procurado segunda-feira. “Precisamos saber quem será indiciado pelo crime ambiental.” Segundo Barros, a Polícia Florestal vai emitir um auto de infração e o proprietário deve ser multado.

Barros disse ainda que, para cortar uma única árvore, seja no perímetro urbano ou em áreas de manancial, é preciso ter autorização da Prefeitura e do DPRN (Departamento de Proteção aos Recursos Naturais), órgão ligado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente. “Na Prefeitura, nos informaram que o proprietário não tem autorização de nenhum dos dois órgãos.”




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