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Grã-Bretanha estuda proibição de casamento forçado
Da AFP
05/09/2005 | 14:06
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O governo britânico informou nesta segunda-feira que está estudando a criminalização do casamento forçado, prática que registra centenas de casos.

Os ministros destacaram que o governo não decidiu como irá proceder e um documento consultivo reconheceu que uma mudança na lei poderia ter um resultado contrário, por desestimularem cada vez mais os jovens a apresentar queixas contra seus pais.

"Muitas vítimas estão relutantes em ver suas famílias enfrentarem problemas", destacou o documento.

A maioria dos casos refere-se a pessoas de origem iraniana, paquistanesa e bengalesa, mas há outros britânicos de origem estrangeira sendo forçados a se casar.

Embora o número possa ser maior, a Unidade de Casamentos Forçados do governo registrou mil casos apresentados por cônjuges infelizes. "O casamento forçado é um casamento sem consentimento dado livremente", disse a ministra do Home Office, baronesa Patricia Scotland. "É um abuso dos direitos humanos e uma forma de violência doméstica", acrescentou.

"Temos que ser absolutamente claros de que o casamento arranjado é absolutamente permissível", afirmou.

O anúncio foi realizado um dia depois de Avtar Lit, empresária de mídia asiática mais rica da Grã-Bretanha, declarar que os casamentos arranjados são "a maldição da comunidade britânico-asiática", citando taxas de divórcio "fenomenais" e esquemas ilegais para driblar leis de imigração.




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