A audiência é favorável à emissora carioca: a comédia O Auto da Compadecida, que abriu o festival na terça-feira, arrasou com 37 pontos contra 8 do SBT, em segundo lugar. O sofrível Como Ser Solteiro cravou 27 contra 17 na quarta-feira. Na quinta-feira, Mauá, o Imperador e o Rei, fez 17 contra 14, de média, mesmo se prolongando até 1h15.
Os Matadores é o filme de estréia de Beto Brant, que ganhou como melhor diretor em Gramado em 1997 e ano passado venceu a mesma categoria do Festival de Brasília com O Invasor, seu terceiro filme.
Um bom roteiro e um bom elenco garantem a história que procura fugir dos clichês policiais de plantão no cinema. Até Murilo Benício está bem. Compare sua atuação insossa na novela O Clone com o tipo bom moço caladão, porém ladrão, nesta trama montada como um quebra-cabeça. Brant tira bom proveito dos atores em clima claustrofóbico em uma região de tensão à flor da pele.
Na história, Carneiro (Adriano Stuart) é um traficante poderoso que vive na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Tem matadores de aluguel que o servem. Helena (Maria Padilha) é a mulher do chefão e amante do capanga Múcio (Chico Diaz). Stênio Garcia é Duão, jurado de morte. Certa noite, o veterano Alfredão (Wolney de Assis) leva o novato Toninho (Murilo Benício), um reles ladrão de carros carioca, para uma dessas decadentes boates do lugar. Vão esperar um homem que não virá. O desfecho inesperado chega com o amanhecer.
Pequenos Guerreiros – Neste sábado, às 16h15, a Globo exibe Pequenos Guerreiros (Small Soldiers, EUA/Finlândia, 1998), terror para crianças com pique de comédia de Joe Dante (que já deu ao mundo Gremlins).
A ação se passa em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos. Lá, o filho do proprietário de uma pequena loja de brinquedos, Allan (Gregory Smith), que ajuda o pai no comércio, consegue furar o cerco de segurança de uma empresa e tem acesso, em primeira mão, a um lote inédito de brinquedos dividido em duas linhas: Gorgonites e Comando Elite.
Mais tarde, técnicos do fabricante descobrem que um de seus engenheiros havia incorporado nos brinquedos um chip de inteligência artificial oriundo da indústria bélica. Com isso, o que seriam brinquedos de alta tecnologia mas inofensivos, se transformam por vontade própria.
Os soldados tipo Rambo do Comando Elite saem das caixas e infernizam a vida da família de Allan e de sua namorada (Kirsten Dunst) ao procurar os Gorgonaites, que se escondem com eles. Os comandos são radicais, cruéis e não fazem prisioneiros. Os Gorgonites, por sua vez, são monstrinhos programados para se defender, mas perder, enquanto procuram seu lar, a ilha de Gorgon.
Os soldados moldados como forças especiais do exército norte-americano, fazem o que lhe programaram: atirar primeiro e perguntar depois. Os Gorgonites, que revelam alma nobre, reconhecem seu destino fatal. Há uma metáfora oculta aí, que inclui conceitos de dominação pela força, bastante atual por sinal: as ordens dos soldados são fazer guerra massacrando uma civilização mais fraca, condenada ao exílio por ser diferente. Mais do que pretensão de filme político, Pequenos Guerreiros é um passatempo divertido, cheio de efeitos especiais e situações engraçadas (como as Barbies modificadas pelos soldados para guerrear a seu lado).
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