A previsão é do economista agrícola Marcos Sawaya Jank, professor da Universidade de São Paulo e que atualmente trabalha no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em Washington. ‘‘Vistas em conjunto, a lei agrícola (Farm Bill) adotada este ano pelos Estados Unidos e a reforma proposta pelos burocratas da UE apontam para uma inversão dos papéis das duas grandes potências agrícolas do mundo desenvolvido, em relação às últimas décadas’’, disse Jank.
‘‘Os norte-americanos, que no passado defenderam arduamente a liberalização do comércio agrícola, caminham agora na contra-mão do livre comércio com elevados pagamentos garantidos aos produtores baseados na quantidade produzida, o subsídio mais distorcivo que existe e, por isso, limitado pela OMC (Organização Mundial de Comércio).’’
Alguns estudos sugerem que a nova Farm Bill poderá até exceder os atuais limites impostos aos EUA na OMC. ‘‘Os europeus, que inventaram esses subsídios nos anos 60, vão no rumo oposto, ao aumentar os pagamentos diretos aos produtores, permitidos pela OMC’’, disse Jank.
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