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Denúncia contra técnicos e agentes agita Inglaterra
Das Agências
20/09/2006 | 22:14
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A Football Association (a federação inglesa de futebol) anunciou ontem que fará uma investigação completa sobre as denúncias por corrupção entre diversos treinadores e agentes de jogadores, apresentadas na terça-feira pela da rede de televisão BBC. “Estamos determinando a investigação de forma completa das acusações. Isso é vital para a integridade do esporte e para os torcedores”, afirma a entidade em nota oficial.


Os treinadores Sam Allardyce (Bolton), Harry Redknapp (Portsmouth) e Kevin Bond (adjunto no clube Newcastle), assim como os agentes de jogadores Peter Harrison, Charles Collymore, Craig Allardyce (filho do treinador do Bolton) e Teni Yerima serão convocados para prestar depoimento. “Se encontrarmos provas de corrupção, vamos agir”, alertou a federação.


A BBC filmou com câmeras escondidas agentes explicando que certos treinadores da primeira divisão inglesa são suscetíveis a receber comissões clandestinas. Mas, apesar do escândalo provocado, o programa não mostrou provas concretas de corrupção.


A Associação de Técnicos da Liga Inglesa criticou a investigação feita pela BBC sob a justificativa de que a rede de televisão não tem provas que sustentem as acusações. “Como organização que representa os técnicos de futebol profissionais neste país, estamos muito desapontados com o programa BBC Panorama exibido na noite passada”, disse a entidade.


“Houve uma completa falta de substância e de provas que sustentassem as acusações feitas antes do programa. Se a BBC tem qualquer prova real, então elas deveriam ser entregues à Associação de Futebol e ao Lorde Stevens”. O ex-chefe da polícia de Londres John Stevens é o responsável por uma longa investigação sobre pagamentos de propinas em transações de jogadores na liga inglesa de futebol e deve entregar suas conclusões em 2 de outubro.

Crise – Em meio a este escândalo, o Arsenal divulgou ontem que suas dívidas chegam a 262,1 milhões de libras esterlinas, ou 388 milhões de euros, de acordo com presidente do clube, Peter Hill-Wood. Segundo o resumo do exercício finalizado em maio de 2006, a dívida do clube aumentou em 100 milhões de libras esterlinas em um ano (148,5 milhões de euros), por causa dos custos do novo Emirates Stadium, com capacidade para 60 mil lugares e onde o Arsenal joga desde o início da temporada.


“Apesar dos custos com a construção do novo estádio, refinanciamos a dívida”, garantiu Hill-Wood.


O diretor-executivo do clube, Keith Edelman, insistiu na “boa saúde financeira” do Arsenal. “Nossa situação é comparável a de um particular que adquire uma casa maior que necessita de mais investimentos”, disse.




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