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Turista amarrado nu quer vender imóvel
André Vieira
Do Diário do Grande ABC
05/05/2010 | 08:06
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Era melhor que tivesse sido pesadelo. Acordado da cama por três assaltantes armados, o turista de São Caetano que teve a casa de veraneio assaltada em Itanhaém, no Litoral, no domingo, ainda não voltou à rotina e agora pensa em vender o imóvel. Agredido, ameaçado de morte e trancado nu no banheiro junto com o amigo que o acompanhava na viagem, o motorista teve carro, celular, dinheiro e pertences pessoais roubados. O Fox prata foi localizado abandonado em uma rua anteontem à tarde pela polícia.

Proprietário da casa de veraneio no Jardim das Palmeiras há 14 anos, o motorista tem 40 anos e pediu para não ser identificado, contando que, havia muito tempo, não aproveitava a residência.

Ele e o amigo, um mecânico de 41 anos, desceram a serra no sábado para fazer reparos na casa, que já havia sido invadida há dez dias. E a dupla acabou se deparando com nova situação de violência. "Entraram na casa vazia. Quebraram janelas, o portão e roubaram o botijão de gás. Viajamos exatamente para fazer todos esses consertos", afirmou o motorista. Na tarde do domingo, depois de realizar o serviço, o dono foi dormir dentro da residência, enquanto o amigo repousava no quintal.

AÇÃO - Deitado na rede e percebendo que a noite caía trazendo uma escuridão que não era clareada pela fraca iluminação da rua, o mecânico teve um mau pressentimento. "Comecei sentir uma sensação estranha. Quando me levantei da rede para chamar meu amigo (o dono da casa), dois homens armados pularam o muro, e um terceiro entrou pelo portão", disse o mecânico. Exibindo as armas, e dando socos e pontapés na vítima, o trio levou o mecânico até o banheiro, onde ele foi obrigado a despir-se e teve mãos e pés amarrados com cadarço e uma extensão elétrica.

No quarto, o dono da casa foi surpreendido pelos assaltantes enquanto dormia. Empurrado para o banheiro, o motorista também foi despido, amarrado e jogado no chão.Menos de 15 minutos, fazendo mais ameaçadas, os criminosos fugiram.

"Depois disso não dá mais. Estou como barata tonta. Minha mãe está doente, vou resolver outros problemas, mas, depois, vou tentar vender a casa", desabafou o motorista.  




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