Economia Titulo Na ex-Rhodia-Química
Santo André planeja implantar distrito criativo e de inovação

Município quer fazer do Eixo Tamaduateí um polo em que as empresas juntem forças às universidades

Nilton Valentim
02/02/2024 | 22:52
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Divulgação


Santo André projeta a criação de um distrito criativo e de inovação no chamado Eixo Tamaduateí, que se estende ao longo da Avenida dos Estados. E um dos símbolos desta região será o Cite (Centro de Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo) que está sendo construído na área onde funcionou por quase 100 anos a Rhodia Química. O espaço de 8.000 metros quadrados, que deverá ser entregue no início do próximo ano, vai potencializar o Parque Tecnológico, que mira a união de empresas, universidades e poder público para o desenvolvimento de programas e projetos que visam a melhoria do ambiente de negócios.

O prédio da antiga empresa está sendo completamente transformado para abrigar, no piso térreo, áreas para exposições, eventos, apresentações, espaços para instituições parceiras e para treinamentos. E no andar superior, salas integradas para reuniões, apoio administrativo, coworking, cobusiness, entre outras atividades.

Haverá ainda um polo da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) para estimular o ensino superior nas áreas de tecnologia. E também há planos para a implantão da um Ejatech (Ensino para Jovens e Adultos voltados à tecnologia), com formação em TI (Tecnologia da Informação).

“Estamos começando a reescrever a história do Eixo Tamanduateí por meio deste projeto, que conecta o setor produtivo e universidades, congregando todas essas partes importantes da nossa economia para geração de emprego e renda, além de incentivar a inovação”, afirmou o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB).

“O Cite irá promover e ampliar conexões com toda a infraestrutura de serviços, negócios, lazer, cultura, ciência, conhecimento, inovação e tecnologia presentes no seu entorno. Será a pedra fundamental de um dos principais distritos criativos e de inovação da região metropolitana”, afirmou o secretário de Desenvolvimento e Geração de Emprego, Evandro Banzato.

Tanto Serra quanto Banzato destacaram o fato de o espaço estar próximo a instituições já consolidadas e que contribuem para o crescimento da cidade, como UFABC (Universidade Federal do ABC), a operadora de turismo CVC Corp, o Grand Plaza Shopping e as empresas do polo petroquímico. 

Atualmente, o Parque Tecnológico de Santo André opera diversos programas e projetos, como o Bureau de Serviços Tecnológicos, Hub de Inovação Aberta, ConectCidade e CapacitaTech.

Por meio do Bureau e do Hub, por exemplo, foi possível viabilizar a captação de cerca de R$ 17 milhões em projetos de fomento à inovação, unindo empresas, startups e universidades. 

Outra vertente é o projeto IoT Lab, que permitirá levar kits de dispositivos de inteligência artificial e outros recursos tecnológicos para apoiar o processo de transformação digital nos negócios. “Possibilitando mais acesso à tecnologia e inovação, os negócios ficam mais competitivos e se transformam em mais renda, melhores empregos, oportunidades e qualidade de vida”, diz Banzato.

Iniciativa de Barcelona é inspiração ao projeto andreense

O Distrito de Inovação 22@ de Barcelona, na Espanha, é um dos modelos para o projeto que Santo André pretende consolidar no Eixo Tamaduatei. Criada no ano 2000, a iniciativa transformou uma área industrial do bairro de Poblenou em um local que oferece espaços para empresas e universidade atuarem juntas.

O Distrito 22@ pode ser comparado a um ‘super laboratório’ urbano, com diversas incubadoras e centros de pesquisa, que também buscam soluções voltadas ao urbanismo, educação, mobilidade, sustentabilidade e que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos, e que já serviu de inspiração para diversas cidades ao redor do planeta. 

No Grande ABC, o Cite (Centro de Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo) vai ser uma espécie de ‘cabeça’ do Parque Tecnológico de Santo André. “Será a pedra fundamental de um dos principais distritos criativos e de inovação da região metropolitana, assim como o Distrito 22@, de Barcelona”, destaca o secretário de Desenvolvimento e Geração de Emprego de Santo André, Evandro Banzato.

Para as obras, que deverão ficar prontas no início de 2025, serão investidos R$ 27 milhões provenientes do Ministério do Desenvolvimento Regional, disponibilizados por meio da Caixa, contrapartida de R$ 14 milhões da Prefeitura, além de outros R$ 10 milhões que foram aprovados na chamada pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. 




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