Internacional Titulo
Fatah anuncia que vai continuar levante
Do Diário do Grande ABC
17/10/2000 | 13:52
Compartilhar notícia


O levante contra Israel prosseguirá nos territórios palestinos depois do 'fracasso' da cúpula de Sharm el-Sheikh (Egito), anunciou esta terça-feira Marwan Barghuthi, chefe na Cisjordânia do Fatah, o movimento de Yasser Arafat.

'O levante prosseguirá enquanto se mantiver a ocupaçao israelense. É a decisao do povo palestino', disse Barghuthi a jornalistas à margem de uma marcha antiisraelense em Ramalá, Cisjordânia.

'A cúpula estava condenada ao fracasso antes de se realizar e fracassou em sua tentativa de buscar um remédio às causas do levante', acrescentou.

Barghuthi tinha dito à AFP segunda-feira que os palestinos contavam com o prosseguimento da rebeliao e nao com a cúpula de Sharm el-Sheikh para alcançar seus objetivos. 'O povo palestino nao aposta na cúpula mas na continuaçao da rebeliao', declarou.

O premiê israelense, Ehud Barak, acusou Barghuthi de estimular os confrontos diários na Cisjordânia, que deixaram 111 mortos nos territórios palestinos e em Israel desde 28 de setembro passado.

Segunda-feira à noite, militantes do Fatah anunciaram numa manifestaçao em Gaza a criaçao de 'células militares' para lutar contra o exército israelense.

Cerca de 500 simpatizantes do Fatah, entre eles 70 homens armados, proclamaram na reuniao 'a criaçao de células militares para prosseguir o levante e atingir a ocupaçao sionista onde se encontrar'.

'Que o louco do Ehud Barak (premiê israelense) saiba que os filhos do Fatah o impedirao de dormir e cavarao sua tumba', segundo um comunicado lido por um dos homens armados. Por sua vez, o chefe espiritual do movimento integrista Hamas, o xeque Ahmed Yassin, denunciou esta terça-feira o acordo da cúpula de Sharm el- Sheikh e exortou a se prosseguir o levante contra Israel.

O presidente americano, Bill Clinton, anunciou esta terça-feira que israelenses e palestinos conseguiram um acordo sobre 'três grandes objetivos': 'o fim da violência', a instauraçao de uma 'comissao de investigaçao' sobre os confrontos e a reativaçao do processo de paz.

Estes 'três grandes objetivos' eram os que Clinton se havia fixado quando aceitou participar da cúpula de Sharm el-Sheik, em companhia de Arafat, Barak, do presidente egípcio, Hosni Mubarak, do rei Abdalá II da Jordânia, do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e do representante da Uniao Européia (UE), Javier Solana.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;