Diante do cenário francamente positivo da economia brasileira, onde estarão as melhores vagas em 2008?

Segundo Gilberto Guimarães, diretor da multinacional francesa BPI no Brasil - empresa que atua na área de reestruturação de empresas e gestão de carreiras -, grande parte dos profissionais vai encontrar espaço de trabalho e maiores chances de emprego no setor de serviços.

"O segmento representa hoje cerca de 65% do total das ofertas", analisa Guimarães.

Segundo ele, que também é professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), essa tendência se deve fortemente às pequenas e médias empresas, que representam, hoje, 70% das oportunidades de empregos no País. Dados dos Sebrae apontam que 98% delas possuem até 50 funcionários.

Além das pequenas e médias empresas, o mapa do emprego em 2008 passa pelos serviços ligadas ao desenvolvimento de softwares, de soluções em telecomunicações e telemarketing e segurança.

Guimarães aponta ainda as atividades associadas ao lazer, à educação e à saúde. Segundo ele, "isso é resultado das mudanças no mundo do trabalho, como a diminuição de horas trabalhadas", por exemplo.

"No começo do século 20, a média de horas trabalhadas por ano era de 3.200. Hoje, não chega a 1.800. Assim, o trabalhador acaba tendo mais tempo para cuidar de si, e ao mesmo tempo abre novos campos para o mercado de trabalho também", afirma.

Dentre todos os segmentos do setor de serviços, o que mais exige competência e formação técnica é o de informática. "O desenvolvimento de um software hoje disputa um mercado de US$ 1, 3 trilhão. Além disso, essa área agrega o mais clássico dos trabalhadores modernos", relata.