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Um mergulho na arte britânica
Nelson Albuquerque
Do Diário do Grande ABC
03/08/2003 | 19:23
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Uma guinada de 180 graus aconteceu na arte britânica na década de 1960. O conservadorismo começou a perder espaço para obras de uma nova geração. Uma boa amostragem dessa revolução artística e suas conseqüências compõem a exposição A Bigger Splash – Arte Britânica da Tate de 1960 a 2003, trazida pela BrasilConnects e que fica em cartaz até 26 de outubro no Pavilhão da Oca, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. A abertura é nesta segunda para convidados e na próxima quarta-feira para visitação (R$ 6).

Pela primeira vez, um conjunto tão grande de obras da Galeria Tate – são 109 trabalhos – é exposto fora da Inglaterra. Muitas delas são inéditas na América Latina. A maior parte poderá ser vista na Oca, enquanto sete videoinstalações estarão no Instituto Tomie Ohtake, também em São Paulo.

A mostra é dividida de forma cronológica. Inicia em 1960 com a escultura Midday, de Anthony Caro. Vigas de aço soldadas e parafusadas formam uma composição de 3,5 metros de comprimento de cor amarela. Uma obra que destoava totalmente daquilo que era produzido na época. Jovens artistas foram motivados com as novidades de Caro. Surgiu, então, a New Generation (nova geração).

A pop arte britânica ganhou um nome importante: David Hocney. Ele fez, entre outras obras, Tea Painting in an Ilusionistic (1961) e A Bigger Splash (1967). Esta última, que empresta o nome à exposição, celebra a luz solar e a cultura da piscina.

A década de 70 é marcada pela exploração de materiais e as performances; nos anos 80 ganharam destaque a arte conceitual e o movimento dos YBA (Young British Artists) e, na década de 90, abriu-se espaço para as temáticas pessoal e política. A mostra tem exemplares de todas essas fases. São 26 esculturas e instalações, 25 pinturas e 51 trabalhos sobre papel, como litogravuras e fotografias.

Entre as assinaturas, estão as de Francis Bacon, Damien Hirst, Sarah Lucas, Julie Opie, Barry Flanagan, Richard Hamilton e Michael Craig Martin. A curadoria é de Catherine Kinley e Joanne Bernstein, ambos da Tate, com montagem da cineasta e cenógrafa Daniela Thomas e do arquiteto Felipe Tassara.

A Bigger Splash – Arte Britânica da Tate de 1960 a 2003 – Exposição. Visitação: terça a sexta, das 9h às 21h; sábado e domingo, das 10h às 21h. No Pavilhão da Oca, no Parque do Ibirapuera, São Paulo. Tel.: 5549-0449. Ingr.: R$ 6, R$ 3 (meia entrada) e entrada franca para menores de 5 anos e maiores de 65 anos, aposentados e pessoas portadoras de deficiência física. Até 26 de outubro.




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