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'Sou o mais preparado para assumir a Presidência', diz Serra
Do Diário OnLine
09/09/2002 | 20:10
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O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, voltou a afirmar nesta segunda-feira que é o mais preparado para assumir a sucessão de Fernando Henrique Cardoso. “Sinto como se tivesse me preparado durante toda a minha vida para ser o presidente do Brasil”, afirmou, durante uma sabatina promovida pelo jornal O Globo, no Rio de Janeiro.

Questionado sobre como pretende conseguir recursos para executar sua plataforma, Serra disse que a receita do governo federal anualizada deve aumentar R$ 57 bilhões no próximo governo. Segundo ele, haverá entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões para Educação e Saúde. O tucano acredita que a margem é “boa”, mas que será necessário “brigar” por mais recursos.

Serra atacou o estilo “paz e amor” adotado pelo adversário do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. "Por incrível que pareça, nesta época que tudo é paz e amor, de repente, para que tudo fique uma nice, cada um dá seu palpite e a gente tira uma média. Não é assim, a gente tem que ter disposição para briga".

Durante a sabatina, o colunista Zuenir Ventura perguntou como Serra pretende gerar oito milhões de empregos em seu governo, se o atual governo não o fez. O tucano respondeu que foram criados mais de 5 milhões de empregos nos últimos quatro anos, mas também aumentou o número de pessoas que entraram no mercado de trabalho.

Entre suas outras propostas, Serra também defendeu a promoção do Brasil no cenário internacional, incrementando o turismo e o comércio exterior. Além disso, o candidato disse que vai aprofundar as reformas na educação e os projetos com o Saúde na Família. Quanto ao combate à violência, ele disse que é preciso acabar com “a demanda e a oferta” que promovem o contrabando de armas e drogas no país.

O presidenciável também foi questionado sobre a qualidade das privatizações promovidas durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso. Ele respondeu que o processo realizado nos setores de telefonia, siderurgia e químico foi bem-sucedido, mas ressaltou que o mesmo não aconteceu no setor elétrico. Para o candidato, ainda falta um setor a ser privatizado, o de saneamento.

O tucano se declarou desfavorável à descriminalização da maconha e à legalização dos cassinos. Segundo ele, os cassinos não geram empregos e estimulam o crime.

”Baixaria” - Após deixar a sabatina, Serra classificou de “baixaria” o pedido de partidos de oposição para trazer observadores das Nações Unidas (ONU) para acompanhar as eleições. "Tem coisas mais importantes para discutir. Não vou falar em baixaria e coisas do gênero", disse.

O tucano também criticou a declaração de Lula de que é o único que pode evitar invasões de terra por parte do MST. “É uma declaração, no mínimo, esquisita. Quer dizer que se for outro que vá vencer a eleição, vai jogar o MST para invasões?”, questionou.




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