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Vazamento de nomes de suspeitos terá de ser explicado
12/05/2006 | 23:36
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Na tentativa de enquadrar a Polícia Federal, a Corregedoria da Câmara marcou para terça-feira o depoimento do delegado Tardelli Boaventura, que preside os inquéritos que apuram o desvio de verbas do Orçamento da União por parte de parlamentares e servidores do Legislativo e a atuação de uma quadrilha na venda superfaturada de ambulâncias para prefeituras de todo o país.

A Corregedoria pretende cobrar do delegado de Cuiabá o vazamento dos nomes de pelo menos 80 deputados e do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) como suspeitos de envolvimento no desvio de verbas do Orçamento da União para a compra de 1 mil ambulâncias. De 2001 até agora, de acordo com a Polícia Federal, foram movimentados R$ 110 milhões para a compra de ambulâncias, dos quais pelos menos R$ 60 milhões teriam sido desviados.

Apesar do suposto envolvimento de mais de uma centena de parlamentares com as irregularidades – a princípio, falou-se em 170, mas a principal testemunha, Maria da Penha Lino, que fora infiltrada no gabinete do então ministro Saraiva Felipe desde agosto de 2005, não conseguiu se lembrar do nome de todo mundo – há um clima de revolta na Câmara por causa do vazamento dos nomes. Maria da Penha optou pelo programa da delação premiada. Disse que o dinheiro para o pagamento dos parlamentares entrava na Câmara em cuecas, meias e malas. Sexta-feira, a comissão da Câmara dos Deputados que investigará a suposta participação de deputados no esquema de compra de ambulâncias superfaturadas começou a ouvir, em Cuiabá, os assessores que foram presos na semana passada pela Polícia Federal.



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