Administração andreense vai debater com a comunidade cultural do município outro local para histórico espaço localizado no Centro
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A Prefeitura de Santo André admitiu que irá retirar a Concha Acústica da Praça do Carmo, mas que irá abrir diálogo com a comunidade cultural da cidade para encontrar um novo lugar para o espaço.
Localizada em uma região histórica do município, a Concha Acústica foi revitalizada pela última vez em 2017, no início da gestão do prefeito Paulo Serra (PSDB). Em 2021, o espaço foi fechado juntamente com outros equipamentos culturais para a realização de ampla reforma. Porém, a administração avaliou que a Concha Acústica precisaria mudar de local, dentro da proposta de revitalização da região central da cidade – que passa também pela requalificação completa da Rua Coronel Oliveira Lima, o coração comercial de Santo André.
A Praça do Carmo, além da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, também tem nas proximidades a Casa da Palavra Mário Quintana e a Casa do Olhar Luiz Sacilotto, além da Concha Acústica. A poucas quadras dali está o Museu Municipal Santo André – Dr. Octaviano Gaiarsa, o que forma importante complexo cultural. Porém, é comum ver os equipamentos – em especial a Concha Acústica – vandalizados.
Segundo Paulo Serra, as reformas da Casa da Palavra e do Museu Municipal estão em reta final, com previsão de reabertura desses dois equipamentos ainda no primeiro semestre. E, enquanto as obras estão em curso, a Prefeitura quer abrir diálogo com a comunidade cultural de Santo André para decidir um novo local para a Concha Acústica.
“Sobre a concha, iniciamos discussão para ter um novo projeto, em novo local, e pretendemos discutir com a comunidade cultural. Para nós está claro que a gente precisa construir novo formato, porque aquele não atende mais, até levando em consideração a reorganização da cidade. Talvez na década de 1990 (ter a concha na Praça do Carmo) funcionava, hoje não mais. Com todo respeito à história, vamos cultuar isso, temos muito respeito com a história cultural, não vamos ignorá-la. Mas a gente precisa adequar também para a realidade que temos”, pontuou o tucano.
“Nós não temos nenhum preconceito de ideias que muitas vezes vêm de ideologias de partidos diferentes. As boas ideias temos absorvido e implementado. A gente espera que parte da cena cultural não tenha preconceito de novas boas ideias porque muitas vezes essas ideias não surgiram das matrizes ideológicas que eles acreditam. É essa interação que precisamos para ter uma política cultural verdadeira”, adicionou o tucano. “Temos algumas alternativas (para levar a Concha Acústica), mas vamos debater primeiro. Tudo com muita transparência.”
A Concha Acústica se consolidou como espaço de movimento cultural de Santo André na segunda metade do século passado, abrigando shows e saraus. Entretanto, era comum ver conflito entre a comunidade religiosa que frequentava a Catedral de Nossa Senhora do Carmo com alguns integrantes das atividades culturais do local.
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