Economia Titulo Greve
Funcionários da CGE, de Mauá, paralisam atividades
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
12/06/2012 | 07:23
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Os cerca de 550 trabalhadores da fabricante de peças plásticas CGE, de Mauá, entraram em greve ontem por prazo indeterminado. Eles reivindicam que a empresa pague encargos trabalhistas atrasados - a companhia não estaria depositando o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) entre outros benefícios - e volte a arcar com cesta básica e transporte dos funcionários. Além disso, após demitir cerca de 30 funcionários, há dois meses, também não teria honrado com as verbas rescisórias.

Segundo o coordenador da regional de Santo André do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo José dos Santos, o Paulão, a direção da companhia havia se comprometido recentemente em pagar de imediato, entre outros itens, a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), férias e outras verbas dos demitidos e a retomar o convênio médico, cujo valor era descontado dos empregados mas não era repassado à operadora. "Eles não cumpriram o acordo e, para piorar, agora cortaram o transporte. A greve é para pressionar a empresa a honrar com suas obrigações como empregadora", disse.

Na negociação, teria havido ainda o compromisso de atualizar o depósito do FGTS até 2013. "Tem trabalhador com 15 anos de empresa que só tem R$ 10 mil de fundo", afirmou Paulão. Ele citou que também não são repassadas mensalidades sindicais. "Até pensão alimentícia, a empresa não está depositando", acrescentou.

 

DEMITIDOS

 

Em relação aos que foram cortados, o dirigente disse que "o pessoal (os funcionários) está tendo de fazer vaquinha" para que eles possam manter a família. Ainda segundo o sindicato, a firma trocou de administrador recentemente, mas as dificuldades persistem.

 

OUTRO LADO

A empresa admitiu que a situação é complicada, mas que tenta negociar para resolver os débitos pendentes. O gerente da produção da CGE em Mauá, Marcelo Santos, confirmou que foi assumido compromisso com o sindicato para sanar o problema de verbas atrasadas dos funcionários. "A dívida está sendo equacionada", garantiu.

 

 




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