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Saúde da Família faz o tratamento vigiado em Mauá
Andrea Catao Maziero
Da Redaçao
29/09/2000 | 20:10
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Evitar que o idoso tenha de se dirigir mais vezes ao posto de saúde, mas garantindo que continue a ser assistido por um profissional da área e siga rigorosamente o tratamento. Essa é a principal característica do Programa Saúde da Família, que atende, preferencialmente, pessoas acima de 60 anos.

Segundo a enfermeira Rogéria Lucena, que atende pelo programa na Unidade de Saúde da Família do Jardim Paranavaí, em Mauá, a visita é feita pelo menos uma vez ao mês por um médico ou enfermeiro. Já os agentes comunitários de saúde - moradores locais que passaram por um treinamento para participar do programa - visitam as residências com mais freqüência. Sao eles que acompanham os pacientes atendidos e comunicam à coordenaçao do programa eventuais problemas.

"Os agentes nos avisam se o paciente deixou de tomar a medicaçao ou, por exemplo, se reclama de algo novo em seu organismo. Com base nessas informaçoes, o médico ou o enfermeiro já incluem no cronograma de visitas que tipo de abordagem deverá ser feita", disse Rogéria.

Foi o que aconteceu com a aposentada Dolarina Santos, 74 anos. Ela é hipertensa e diabética e há um ano recebe atendimento domiciliar. Em uma visita feita pelo agente, ela disse estar desconfiada de que o nível de glicose (açúcar) em seu sangue poderia estar alto. A aposentada informou ao agente depois de ter provado sua urina - método caseiro muito utilizado antigamente. "Estava muito doce e fiquei preocupada. Também estou sentindo dores fortes na perna", disse.

O clínico geral Marcos Ribeiro Oscar fez a coleta imediata do sangue e, com um pequeno aparelho digital, detectou o nível de açúcar. Com base nesse dado, ele fez o pedido de um exame mais detalhado, que deverá acontecer em um hospital da rede.

Segundo Dolarina, o atendimento domiciliar feito pelo médico a deixa mais tranqüila. "Nem sempre tenho disposiçao para ir até o posto, e quando vou é porque fui obrigada por estar passando mal."

O médico ainda comenta a importância de o tratamento nao ser interrompido. "Por ela ser hipertensa, é comum deixar de tomar o remédio quando a pressao arterial está controlada. Com as visitas, verificamos se está tomando o medicamento. Se nao estiver, falamos da importância de tomar o remédio mesmo ao sentir-se bem."

A dona de casa Lídia Dias de Almeida, 64 anos, também recebe atendimento domiciliar por ser hipertensa. Há uma semana ela faz repouso em virtude de uma complicaçao nos rins. "Se o médico nao viesse em casa, teria de ficar internada, porque nao é possível sair daqui nesse momento." Como seu quadro de saúde inspira cuidados, agentes medem periodicamente sua pressao arterial e, no caso de ser detectado um problema maior, o médico é informado imediatamente e faz a visita.




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