No confronto do lanterna contra o líder, o São Caetano, que ainda não pontuou e sequer marcou um único gol no Campeonato Paulista, armou uma fortaleza em seu sistema defensivo para encarar o Santos. A equipe da Vila Belmiro tem 100% de aproveitamento e conta com o melhor ataque do torneio. Já marcou 11 gols.

Sincero e direto, o técnico interino Márcio Griggio admitiu que tentará resguardar a defesa da voracidade dos atacantes do Peixe.

Para isso, fez três mudanças em relação à equipe que perdeu em casa no domingo para o Ituano. Sacou o volante Erandir, o meia Kléber e o atacante Fernandes para as respectivas entradas dos volantes Souza e Augusto Recife e do meia Luciano Mandi.

Emprestado pelo Palmeiras até o fim do ano, Souza estreia com a camisa do Azulão depois de ter defendido a Ponte Preta na última temporada, também por empréstimo. O jogador se apresentou na semana passada.

"Mudei porque precisávamos melhorar nossa marcação. Temos de diminuir os espaços. O Santos é time leve, de bom toque e rápido. Não podemos dar espaço para que pensem e armem as jogadas", avaliou Griggio.

O treinador descarta que, apesar de montar o time com três volantes, vá atuar na retranca. "Vamos jogar também, com humildade e respeito ao time deles, mas precisamos da vitória. Não podemos só nos defender."

O técnico interino admitiu preocupação com a falta de gols do time. "Temos treinado. Falta tranquilidade. Precisamos arriscar mais, criar condições para o goleiro deles errar."

O meia Walter Minhoca ainda se recupera de contratura muscular na coxa direita e está fora da partida. O jogador se machucou na pré-temporada e ainda não estreou.

SANTOS

Sem problemas com lesões ou suspensões, o técnico Adilson Batista revelou que pensa em fazer alterações no time. "Alguns jogadores poderão ter oportunidade. Vou conversar com eles e existe a possibilidade. A mudança pode ocorrer no início ou decorrer do jogo".

No último coletivo o treinador testou algumas mudanças, mas a tendência é que inicie a partida com o time que vem jogando.

Conceição defende futebol solidário no São Caetano

Símbolo da determinação em campo, o volante Ricardo Conceição avaliou que para superar o Santos, hoje, na Arena Barueri, o São Caetano terá de apresentar futebol mais solidário.

"O time não fez gols, mas a responsabilidade não é só dos atacantes. Somos um time. Nós, da defesa, temos de apoiar o ataque para tentarmos o gol, assim como eles nos ajudam a marcar quando estamos sem a bola. Assim, acredito que com superação podemos sair dessa situação incômoda", avaliou.

O jogador admitiu o abatimento do grupo após a derrota para o Ituano em casa, no domingo, e deu a receita para a volta por cima.

"Eu tiro forças do apoio da minha família, dos amigos. Não podemos deixar que três derrotas nos tirem as forças para correr contra o Santos", disse Conceição.

O meio-campista foi vice-campeão paulista pelo Santo André contra o Santos no ano passado e tem contrato com o São Caetano até o fim do ano. O volante foi contratado a pedido do ex-técnico Toninho Cecílio.