Um estudo que contou com a participação de 188 grandes companhias mostrou que 10% dos produtos comprados no Brasil são devolvidos pelo consumidor. A pesquisa foi apresentada no 1º Fórum Internacional de Logística Reversa, promovido pelo CLRB (Conselho de Logística Reversa do Brasil).

De acordo com o professor Paulo Roberto Leite, presidente do CLRB e responsável pela pesquisa, a quantidade de produtos devolvidos às empresas deve aumentar com o passar dos anos.

"A porcentagem pode se manter estável, mas o volume deve aumentar, pois a quantidade dos produtos que estão chegando ao mercado é cada vez maior e isso exigirá uma maior atenção das empresas na logística reversa, principalmente no comércio eletrônico", afirmou Paulo.

Segundo o responsável pelo estudo, no comércio chamado de pós venda, que na logística reversa é o produto que ainda não chegou ao consumidor, o comércio eletrônico causa maior preocupação.

"No comércio eletrônico cerca de 10% dos produtos retornam do consumidor, por diversos motivos. No varejo tradicional, cerca de 6% retorna, mas quando se leva em consideração apenas os produtos eletrônicos, o número é de 10 a 15%. Quando falamos de revistas que não são vendidas nas bancas, o retorno chega à 50%".

Outro problema detectado no estudo é o fato das empresas ainda não contarem com números exatos do custo da logística reversa. "O custo do retorno do produto do mercado a empresa é superior ao custo da ida dele, porém grande parte das empresas ainda não possui uma mensuração exata do custo desse retorno. Metade das companhias que participaram afirmaram gastar até 5% do faturamento obtido com o retorno dos produtos".

"A melhor forma de diminuir os custos da logística reversa é investir em uma melhor organização e aumentar a eficiência da logística reversa", concluiu.

Supervisão Marcos Seabra