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Dono de loja é morto com 10 tiros
Rogério Gatti
Do Diário do Grande ABC
19/12/2006 | 22:34
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O dono de uma loja de carros foi assassinado com 10 tiros à queima-roupa enquanto trabalhava em sua sala. O crime aconteceu terça-feira, no bairro Bangu, em Santo André, por volta das 11h.

Testemunhas disseram ter visto um carro modelo Siena estacionar na frente da loja. Um rapaz branco, aparentando cerca de 20 anos, desceu do veículo enquanto o motorista ficou com o carro ligado estacionado.

O assassino se passou por um cliente e perguntou o preço de um carro para o vendedor, que estava na porta da loja. Mostrando-se interessado, ainda disse que pagaria à vista e queria um desconto. O vendedor disse que iria falar com o patrão, e foi até a sala de Mariel Willians Moraes Santana Santos, 19 anos.

O falso cliente seguiu o vendedor e quando chegou na porta da sala olhou para a vítima e perguntou: “Você é o Mariel?” Ao ouvir a resposta positiva, sacou a arma, uma pistola calibre 380, e disparou 10 vezes, atingindo a cabeça e o peito de Mariel, que morreu na hora.

Tanto o vendedor, quanto o irmão de Mariel, André Moraes Santana Santos, 24 anos, que estavam na sala no momento do crime, não tiveram nem tempo de reagir e apenas tentaram se proteger.

Após efetuar os disparos, o assassino saiu correndo, entrou no carro e fugiu com o seu comparsa. Ninguém conseguiu anotar a placa do veículo.

Em uma atitude desesperada, o irmão de Mariel pegou uma arma em casa, entrou no carro de um amigo e tentou dar voltas pelo bairro em busca do assassino, mas a situação complicou ainda mais. A polícia parou o carro que André Santos estava e o prendeu em flagrante por porte ilegal de arma. Segundo a polícia, a arma que André portava tinha queixa de roubo. Com o novo Estatuto do Desarmento, esse tipo de crime é inafiançável e a pena pode chegar a quatro anos de prisão.

Vizinhos e amigos que estavam no local disseram desconhecer qualquer tipo de briga ou desavença que Mariel Santos pudesse ter. Um amigo, que não quis se identificar com medo do assassino, afirmou que o jovem estava noivo e que pretendia se casar no próximo ano. “Nem a família, nem os amigos têm alguma idéia de quem possa ter feito ou ter mandado fazer uma coisa dessas”, afirmou.

O pai da namorada de Mariel, que também pediu para não ter o nome divulgado, afirmou que a filha trabalhava com ele na loja. “Hoje de manhã ele disse para ela não vir e ficar em casa para preparar panquecas para o almoço”, contou. “Se ela estivesse aqui também poderia ter morrido”, acredita. “Minha filha está em casa em estado de choque”, disse. A polícia ainda não tem pistas do criminoso.



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