O candidato petista à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse neste domingo que o PT não faz nenhuma proposta para ser avaliada pelo FMI e que não vai pedir autorização ao Fundo para elaborar o seu programa econômico. “Estou muito tranqüilo em relação à nossa proposta econômica e, em hipótese alguma, vou fazer algo pensando no FMI porque não tenho interesse em ser bem avaliado por ele”, afirmou.
Em recente apresentação a um grupo de investidores no Rio de Janeiro, Guido Mantega, assessor econômico de Lula, disse que, caso vença, o PT deve adotar uma meta de déficit nominal de 3,5% a 4% do PIB em 2003, e não mais uma meta de superávit primário, como a que vem sendo perseguida pelo Brasil desde o seu acordo com o FMI no final de 1998.
Mantega disse que o PT vai reduzir o superávit primário em 2003 caso seja eleito. Mas, como também baixará os juros, o déficit nominal se manterá estável ou até mesmo cairá.
Para Loser, o superávit primário, o déficit nominal, e a relação da dívida pública do país com o PIB são todos parte da mesma problemática. Países com dívidas muitos altas, ou não tão altas mas que têm juros muito elevados, são obrigados a ter superávits primários grandes, para cobrir a conta de juros e manter o déficit nominal em nível aceitável.
Se isto não acontece, sucessivos déficits nominais acima do crescimento do PIB levam a uma deterioração da relação entre a dívida e o PIB, colocando em dúvida a capacidade de pagamento do país.
Loser não quis comentar se uma meta de déficit nominal de 3,5% a 4% do PIB em 2003, mencionada por Mantega, seria adequada ou não.
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