Setecidades Titulo Salário, bônus e outros problemas
Etecs e Fatecs entrarão em greve a partir de segunda, diz sindicato

No Grande ABC, duas unidades já anunciaram que vão aderir à paralisação

Beatriz Mirelle
05/08/2023 | 09:15
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Reprodução


As atividades das Etecs (Escolas Técnicas) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia) serão paralisadas a partir desta segunda-feira (8). De acordo com o Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza), a decisão aprovada em Assembleia Geral na quarta-feira (2) envolve professores, auxiliares docentes e funcionários administrativos. No Grande ABC, até o fechamento desta edição, a Fatec Adib Moises Dib, em São Bernardo, e a Etec Jorge Street, em São Caetano, anunciaram adesão. 

Entre as reivindicações, estão a falta de reajuste salarial, revisão do plano de carreira, déficit no número de profissionais e ausência de pagamento do Bônus Resultado. “O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou reajuste para a Polícia Militar de até 34%. Acreditamos que ficaríamos nessa margem, não em 6%. O salário da nossa categoria está defasado desde 2014. Na pandemia, deixamos de receber benefícios e esses dois anos não foram repostos. Segunda-feira é o dia do nosso ato de lançamento da greve e vamos manter até ter o momento de negociação. Queremos um retorno mais claro do Governo do Estado”, detalha Neusa Santana Alves, diretora do Sinteps.

Além dos temas pontuados pelo sindicato, uma fonte do Diário na Etec Jorge Street destaca questões com plano de saúde, infraestrutura das escolas e grade curricular. “Em São Caetano, há problemas relacionados à rede de esgoto e à grande presença de pombos no pátio e refeitórios. Um professor inicial ou temporário das Etecs recebe R$ 21,40 por hora/aula e pode pegar até 34 aulas. Novos professores não se sentem motivados a entrar na rede. Revisar o salário inicial repercute em todas as funções.”

Segundo Neusa, a tentativa de dialogar com o Governo do Estado neste ano ocorre desde a posse de Tarcísio. Somente na quinta-feira (3) houve uma reunião com a presença dos secretários Vaham Agopyan, de Ciência, Tecnologia e Inovação, e Arthur Lima, da Casa Civil, mas sem o retorno esperado. “Queremos que a Superintendência do Centro e o governo estadual negociem com o nosso Sindicato as reformas desejadas pelos trabalhadores e as aprovem o quanto antes. Elas dizem respeito à nossa valorização como profissionais do Centro e a melhores condições de trabalho para todos”, reforça o Sinteps em nota.




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