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‘Diário’ levanta 37 cruzamentos perigosos
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
23/09/2007 | 07:38
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Durante uma semana, o Diário levantou os cruzamentos de ruas considerados mais perigosos no Grande ABC. As indicações partiram de policiais e taxistas, acostumados com a violência no trânsito.

Da lista, saíram 37 endereços. A maioria deles apresenta características semelhantes, como a proximidade de favelas e a facilidade de acesso a corredores de grande fluxo de veículos, o que facilitaria a fuga dos criminosos.

O comando da Polícia Militar no Grande ABC teve acesso à relação e admitiu que alguns dos pontos estão de fato entre os mais perigosos da região, com altos índices criminais.

Outros endereços, apesar da sensação de insegurança que transmitem, não são alvo freqüente da ação de assaltantes. Não foram revelados quais dos pontos levantados pela reportagem são de fato perigosos.

Segundo a Polícia Militar, o Grande ABC possui 73 cruzamentos de ruas de alto risco. A lista negra é mantida em segredo pela corporação. A justificativa da Secretaria de Segurança Pública é de que a divulgação geraria insegurança na população.

Estratégia - Mesmo assim, os taxistas que contribuíram para a elaboração da lista evitam passar por esses cruzamentos, principalmente durante a noite. Quando não há como desviar o itinerário, eles não param no semáforo.

“Se vejo que está vermelho, piso no freio e sigo devagar. Quando o farol abre, acelero e sigo em frente. Se vejo alguém suspeito por perto, vou embora”, diz um motorista, que com medo de represálias pediu para não ser identificado. Em pouco mais de um mês, três pessoas foram mortas por assaltantes no trânsito do Grande ABC – duas em Santo André e uma em Diadema. Em nenhum caso há indícios de que as vítimas reagiram à abordagem.

Ranking - Santo André concentra o maior número de cruzamentos levantados pela reportagem. São 12 pontos, quase metade deles na região central. São Bernardo é a segunda colocada no ranking, com nove endereços.

Só no primeiro semestre deste ano, as duas cidades concentraram 5.648 dos 8.889 assaltos contra veículos ocorridos em toda região. (Colaborou Aline Mazzo)




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