A conhecida superstiçao do técnico Zagallo com o número 13 levou a equipe à expectativa de quem seria o jogador a vestir a camisa com a numeraçao preferida do treinador. O contemplado foi o volante Pintado, que veio do Cerezo, do Japao, e nao escondeu a satisfaçao ao saber da notícia sobre a camisa que vestirá durante todo o campeonato paulista. "Nao sou supersticioso, mas o número 13 traz boas recordaçoes, considero um bom número", diz Pintado. Ele lembra que no ano em que foi campeao da Taça Libertadores de América, defendendo o Sao Paulo, seu número de inscriçao na competiçao foi justamente o 13. "Mas como o torneio permitia a troca de número na hora de entrar em campo, geralmente usava a camisa 14."

Naquele ano, o volante também seria campeao mundial de clubes. "Também durante vários anos na escola meu número era o 13." Pintado afirma que nao pratica nenhum ritual para trazer sorte. "Sou católico e rezo muito, agradecendo a Deus", diz o jogador. Ele se considera um privilegiado na vida pessoal e profissional. "Acho que nao tenho direito de pedir mais nada: tenho uma boa família, dois filhos maravilhosos e já conquistei muitas coisas no meu trabalho, Deus mostrou para mim que Ele realmente existe." O jogador reforça sua boa fase dizendo que todo o ano de 1999 tem sido, até agora, um ano de sorte. "Muitas coisas boas tem acontecido comigo desde o início do ano."

Para o Campeonato Paulista, o jogador espera recuperar o tempo perdido na preparaçao física, pois foi contratado depois que a Portuguesa iniciou a pré-temporada. "Comecei a treinar dez dias depois ao restante do grupo e espero que dentro de outros dez eu esteja na forma física ideal para atuar na competiçao." Pintado diz que a pressao na Portuguesa por um título é grande. "Acho que o time tem de pensar e viver com a obrigaçao de que tem de ser campeao, pois o título nao é conquistado apenas na final, ele é conseqüência de um trabalho desenvolvido ao longo do torneio." O volante espera conquistar em breve a vaga no time titular. "É uma coisa pela qual sempre batalho, e o lugar no grupo principal sempre foi resultado de trabalho muito duro, e isso é bom porque faz de mim uma pessoa mais forte.

Os outros jogadores da equipe negam ter grandes superstiçoes. "Geralmente isso é mais comum com os técnicos", disse o atacante Leandro. A maioria prefere pedir proteçao por meio de oraçoes, como o lateral Augusto, que é evangélico, e o goleiro Fabiano, devoto de Nossa Senhora Aparecida.

Nos treinos, o técnico Zagallo tem dado prioridade ao trabalho dos jogadores do meio-de-campo. "Eu tenho insistido por um posicionamento um pouco diferente daquele que eles apresentaram no Campeonato Brasileiro." Sobre a mudança na posiçao do ataque, o treinador afirma que é uma conseqüência das características dos jogadores que têm à disposiçao para a posiçao. O atacante Leandro acredita que o seu ex-companheiro de ataque, Evair, por ser mais experiente também era mais técnico. "Com Aílton, no entanto, acho que o time vai ganhar mais em velocidade."