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Gustavo Franco diz ter sido julgado por 'tribunal de exceção'
Do Diário OnLine
Com Agências
15/12/2004 | 15:42
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O ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, indiciado no relatório final da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Banestado por supostamente ter facilitado o envio ilegal de dinheiro ao exterior, reclamou nesta quarta-feira da ação. Ele acredita ter sido julgado por um "tribunal de exceção".

Franco se disse triste com a situação. Ele considera um equívoco que uma política pública adotada no governo Fernando Henrique Cardoso seja levada para o terreno criminal.

O relator da CPMI, deputado José Mentor (PT-SP), citou Gustavo Franco como um dos principais responsáveis por irregularidades financeiras identificadas pela comissão, criada para investigar o envio ilegal de US$ 30 bilhões ao exterior no período de 1996 a 2003.

José Mentor disse em seu relatório que houve uma surpreendente facilidade, durante a gestão de Franco, para se "burlar normas". Nesta quarta ele destacou, em entrevista à Rádio CBN, que não tem "nada contra" o ex-presidente do Banco Central, mas considerou algumas de suas atitudes prejudiciais ao país.

O deputado petista citou como exemplo de "situação anômala" uma movimentação financeira que teria sido feita pelo Banco Central na gestão Gustavo Franco. O órgão estatal teria investido US$ 840 milhões em um banco espanhol com um rendimento médio de 3,5%, enquanto no mesmo dia a instituição espanhola reinvestiu o valor no Brasil, com ganho médio de 14,5%.




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