Segundo Eudes, um atleta de defesa faz, em média, 40 saltos para cabecear em uma única partida. No treino, são de 100 a 120 saltos. "Assim ele vai sobrar no jogo e essa quantidade (40) vai ser normal para o jogador", disse o auxiliar-técnico, que explica ainda os fatores determinantes para que o treinador opte por este ou aquele defensor. "O primeiro deles é a disposição tática, depois a qualidade do atleta, a parte física e o trabalho específico".
Mário Sérgio confirma que observa bastante cada um durante a semana. Hoje, o que não falta a ele é opção de zagueiros. "Observo muito um jogador, se está bem no dia-a-dia, se me convence. Às vezes, quando demoro para definir quem vai entrar não é para fazer mistério, mas porque quero ter plena convicção de que estou escalando o melhor", disse o treinador, que acredita em uma variação de uma semana para a outra. "O Marcelo Mattos é o maior exemplo disso. Tinha pedido para que ele deixasse o grupo, mas vi o jogador crescendo muito de produção e hoje é titular". Marcelo Mattos está na Seleção Brasileira Sub-20.
O treinador enaltece não só o trabalho do seu auxiliar, mas de toda a comissão técnica, que garante um bom desempenho do time neste Campeonato Brasileiro. "O Eudes é um cara que passo o que tem de fazer e ele cumpre à risca. Mais do que isso, é meu amigo, um preparador físico de alto nível. Ele e o Chiquinho (preparador de goleiros) foram pinçados para formarem essa comissão, que encontraram o Flávio (de Oliveira, preparador físico) já consagrado aqui".
Com esse trabalho, Mário Sérgio tem, além de Dininho, considerado por ele um dos melhores zagueiros do futebol brasileiro, Thiago e Gustavo em grande fase. Eudes entende que a metodologia de trabalho faz com que não só a defesa, mas todo o grupo, fique forte. "O Mário valoriza o trabalho do dia-a-dia e quando ele entra para desempenhar essa função, está preparado. Usamos sempre uma frase do Michael Jordan que diz: não adianta você ser bom, tem de ser equipe. É a equipe que tem de resolver".
Com a crescente no Brasileiro, Eudes espera que até o final da competição o time esteja ainda melhor. "O São Caetano pode melhorar até o fim do ano. A adaptação do trabalho é fundamental".
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