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Vítima de maníacos reconhece retrato e indica local de cativeiro
Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
09/06/2004 | 21:39
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A polícia afirmou nesta quarta que a estudante de 23 anos, vítima de estupro na última segunda-feira, indicou a região onde ficaria o cativeiro em que os maníacos do Escort a levaram para violentá-la. Durante as investigações, a estudante também reconheceu os estupradores nos retratos falados da polícia, desenhados com base em informações de outras cinco vítimas da dupla.

Desde o dia 2 de abril, a dupla do Escort branco atacou seis mulheres na região. Eles já agiram no Jardim Mirante e na Vila Caiçara, em Ribeirão Pires; no subdistrito do Riacho Grande e nos bairros Demarchi e Baeta Neves, em São Bernardo; e no Parque das Américas, em Mauá. A estudante foi a última vítima dos maníacos. No fim da tarde de sexta-feira, ela estava em um ponto de ônibus no Km 29 da via Anchieta, no Riacho Grande, quando foi ameaçada com um revólver pela dupla e levada de olhos vendados a um imóvel.

Segundo a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher de São Bernardo, Ângela Ferreira Ballarini, da última vez, os maníacos foram menos cuidadosos ao cobrir o rosto da estudante. Com isso, a vítima pôde reconhecer parte do trajeto e refazê-lo com a polícia. “Acreditamos que seja o local onde um deles trabalha”, contou Ballarini. Em seu relato à polícia, a estudante descreveu o cativeiro como um escritório. Para não prejudicar a investigação, a polícia não revelou em que cidade fica o local.

Cerca de dez investigadores das polícias de São Bernardo, Mauá e Ribeirão Pires estão empenhados em uma força-tarefa para encontrar os maníacos na área apontada. Eles têm revistado cerca de cinco Escorts brancos por dia. De acordo com a polícia, há um equipamento no carro que o diferencia dos originais de fábrica.

Endereços de donos de Escort na região estão sendo levantados pela polícia no Detran (Departamento de Trânsito de São Paulo). “Por enquanto não há nenhum suspeito. Os proprietários dos Escorts que revistamos não se encaixam no perfil dos agressores”, disse a delegada Ângela Ballarini. Como as vítimas firmaram que os maníacos têm boa aparência e andam bem vestidos, a polícia acredita que são pessoas de classe média.

A delegada disse que a investigação deve trazer novidades dentro de dez dias. Um dos principais problemas tem sido evitar que a dupla pratique novos estupros. “Como eles agem em uma área muito ampla, é complica encontrá-los. Mas estamos fechando o cerco”, declarou Ângela.

Segundo a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher de Mauá, Helena Vieira de Lima, foi feita uma ronda em Ribeirão Pires e Mauá na noite de segunda-feira. “Abordamos dois Escorts brancos, sem resultado”, disse Helena.

A polícia recomenda que mulheres com idade média de 20 anos não fiquem sozinhas em pontos de ônibus e não se aproximem para dar informações a pessoas em carros suspeitos. Os telefones diretos para denunciar crimes contra a mulher são 4368-2032 (São Bernardo) e 4514-1706 (Mauá).




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