Sozinha, a estatal lucrou R$ 9,804 bilhões no ano passado, queda de 4,7% em relação aos R$ 10,294 bilhões em 2001. Já a receita operacional líquida ficou em R$ 69,176 bilhões, crescimento de 20% ante o ano anterior.

O endividamento líquido da Petrobras chegou a R$ 31,482 bilhões. Com a compra da argentina Pecom, a dívida líquida subiu para R$ 38,984 bilhões. Segundo a estatal, o lucro antes de impostos, juros e amortização e depreciação (Ebitda, sigla em inglês) passou de R$ 17,25 bilhões em 2001 para R$ 18,283 bilhões no ano passado.

Em 2002, a participação da Petrobras no mercado internacional cresceu 138%, graças à crise na Venezuela e as turbulências no Oriente Médio. As exportações somaram US$ 3,525 bilhões, crescimento de 62,9% em relação ao ano anterior. Já as importações caíram 22,3%, somando US$ 6,052 bilhões, por causa da depreciação cambial e o aumento do petróleo no exterior.

Reservas - As reservas de petróleo da estatal no país atingiram no final do ano passado 11,01 bilhões de barris de óleo, registrando um crescimento de 13,9% em relação a 2001. Segundo a Petrobras, a produção nacional média de petróleo e de gás natural cresceu 12% em 2002, rendendo uma média diária ao longo do ano da ordem de 1,5 milhão de barris por dia.

De acordo com a estatal, o aumento da produção se deveu, principalmente, à interligação de novos poços às plataformas dos campos de Marlim, Albacora e Espadarte, e também à produção do Módulo 1 do Campo de Marlim Sul, por meio da unidade P-40, e à entrada em produção da unidade Seillean no Campo de Jubarte, no litoral do Espírito Santo.

Teria contribuído para o resultado ainda o crescimento da produção do Campo de Roncador, com a entrada de mais uma unidade de produção (FPSO Brasil) que deverá atingir a produção de 90 mil barris por dia no segundo trimestre deste ano.