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Sindicato aposta na adesão da Guarda Municipal na greve em Mauá
Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
10/06/2003 | 23:36
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Servidores municipais de Mauá devem entrar nesta quarta-feira em greve por reposição de perdas salariais. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Mauá, Jesomar Alves Lobo, acredita que a maior adesão deve ser da Guarda Municipal, e dos funcionários da Sama (Saneamento Básico de Mauá) e da SSU (Secretaria de Serviços Urbanos).

Um grupo de sindicalistas irá às 5h na sede da Guarda, posteriormente seguirá para a garagem municipal, por volta da 6h, chegando à UBS (Unidade Básica de Saúde) Central às 8h30. “Depois vamos para o Paço Municipal onde realizaremos um grande ato”, disse.

Jesomar afirmou ainda que a menor adesão deve ser dos funcionários que atuam no Paço. “Historicamente, esses servidores têm medo de fazer a paralisação”, disse. Ele acredita que muitos servidores temem retaliações por parte da administração. “A gente tem visitado os setores e percebe o descontentamento com relação ao salário, mas existe um medo absurdo de adesão à greve”, disse.

Segundo ele, o medo aumento com a criação neste mês de uma comissão de ética para avaliar o desempenho dos 5 mil funcionários da Prefeitura. “O terror em cima da categoria é muito grande, mas vamos entrar no Ministério Público contra essa comissão”.

A assessoria de imprensa da Prefeitura afirmou terça-feira que o governo do prefeito Oswaldo Dias (PT) não irá comentar a greve. Com relação a uma contraproposta de reposição salarial, a assessoria disse que o assunto vem sendo discutido internamente e não revelou números. Os servidores querem aumento de 52% referentes às perdas nos últimos seis anos.

O sindicato avalia que falta vontade política por parte do governo e alega que os gastos com folha de pagamento giram em torno de 40% da receita. A Lei de Responsabilidade Fiscal determina um teto de 54%. O sindicato diz que existe margem para um reajuste.




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