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Ufa! Dois mil e vinte e dois literalmente acabando. Todavia, isso é meramente força do hábito e expressão costumeira, já que o novo ano iniciará com a posse do novo presidente, eleito por apenas parte da população – sim, parte suficiente para ser eleito, como determina o processo democrático.
Estamos encerrando 2022 com os escândalos políticos, que, curiosamente, só aparecem no fim de cada mandato, e iniciando novo ciclo com a descrença de grande parte dos brasileiros em tudo e todos.
Bom, você deve estar se perguntando: “O que tudo que foi escrito, nas partes 1, dois e nesta última, tem a ver com turismo?” Os textos aqui publicados não deveriam ser focados na indústria e no segmento de viagens, lazer e hospedagem?
Eu respondo: “Sim! O turismo está no topo da pirâmide dos desejos humanos, porém, infelizmente, na base das realizações efetivas”.
Com tantas notícias, movimentações, golpes, corrupção, desvios de conduta, descredibilidade do brasilis, desemprego, desalentados e muitos outros “des”, o cliente/turista está 100% focado na sua reserva de capital para o futuro que se desenha incerto, se é que será incerto. Estamos gastando com o básico, buscando uma segurança em investimentos por patrimônios fixos, vide a disparada das construções de arranha-céus. Automaticamente isso nos faz deixar o lazer e as viagens para segundo, terceiro ou até quarto planos.
A bolsa de valores operou praticamente em baixa todo o ano de 2022 para o setor. Na semana passada, reportagem nos jornais O Estado de S. Paulo e Valor Econômico sinalizou cinco empresas da bolsa com possibilidade de insolvência em 2023, das quais três são ligadas ao turismo: Gol, Azul e CVC.
Como diria o bordão, utilizado por Chapolin Colorado, o famoso personagem do Paranhos, “Oh, quem poderá nos defender?” Margareth Menezes, da Cultura? Será? Sério?
Em discurso recente, o presidente eleito Lula disse: “Chega de andar para trás, nós temos pressa em superar esta crise imensa que estamos. Turismo será, novamente, prioridade de meu governo!".
Assim esperamos! E só daremos “feliz ano novo” quando as coisas acontecerem na prática. Por enquanto, manteremos apenas “ano novo de novo”.
E para você que me acompanha na coluna VIVIA JANDO, eu desejo que você tenha tudo o que seu vizinho acredita que você possui; que sua conta bancária tenha tanto dinheiro quanto sua esposa crê que você tem; e que você seja tão bonito (a) quanto o seu espelho diz que você é. E eu desejo que sua felicidade, harmonia e prosperidade seja todos os dias do próximo ano exatamente iguais às das fotos que você posta em suas redes sociais.
Pode vir 2023, estamos lhe aguardando.
Rodermil Pizzo é doutorando em Comunicação, mestre em Hospitalidade e colunista do Diário, da BandFMBrasil e do Diário Mineiro.
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