O mercado de tecnologia para automação industrial deve movimentar até o fim de 2005 cerca de R$ 2,4 bilhões, incluindo hardware, software e serviços agregados — um crescimento da ordem de 20% em comparação ao período anterior, segundo estimativa da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).

Para o engenheiro Nelson Ninin, vice-presidente da Abinee e membro mundial da ISA (The Instrumentation, Systems and Automation Society), "o ideal seria que a indústria nacional investisse anualmente 20% mais para modernizar e ampliar a competitividade". As principais tendências tecnológicas, soluções e sistemas para automação industrial serão apresentadas no maior evento do setor na América Latina, o ‘ISA Show’ 2005’, que acontece de 22 a 24 de novembro, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Os números, ainda em levantamento na Abinee, indicam a ascensão da indústria nacional de automação industrial cuja capacidade instalada em 2005 é de 91% em turno de 8 horas, acima da média do setor eletro-eletrônico. Depois da área de telecomunicações, a automação industrial é a que deve apresentar o crescimento mais uniforme em 2005.

Para se tornarem competitivas as indústrias necessitam empregar soluções e sistemas que automatizem, controlem e monitorem seus processos industriais com a máxima eficiência. Para tanto, empresas de todos os setores da economia demandam tecnologia, dos mais simples instrumentos de coleta de dados em campo aos sistemas mais complexos que interligam o chão de fábrica com a alta gerencia das organizações.

No Brasil, cerca de 1,5 mil empresas (grandes, médias e pequenas) compõem o setor que fornece produtos e serviços de automação, sistemas e instrumentação, sendo cerca de 70% de capital nacional e 30% multinacionais. Aproximadamente 5 mil postos de trabalho são gerados pelas empresas do segmento, 40% deles ocupados por profissionais de nível superior.