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Grande ABC tem média de 34 pedidos de tapa-buraco por dia

De janeiro a novembro deste ano foram fechados 57.778 fendas; especialista reforça que serviço é pontual e paliativo

Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
22/12/2022 | 08:46
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Celso Luiz/DGABC


Por dia, quatro cidades do Grande ABC recebem 34 solicitações de tapa-buraco. De janeiro a novembro deste ano, Santo André, São Bernardo, Mauá e Ribeirão Pires registraram 11.449 pedidos de moradores solicitando o recapeamento das vias.

O número pode ser ainda maior, considerando que São Caetano e Diadema não informaram os dados e Rio Grande da Serra não possui controle das demandas. "Foram feitas várias, mas não tem registro", comunicou a prefeitura.

Durante o período, 57.778 buracos foram tapados em seis municípios ­ com exceção de São Caetano. As aberturas recapeadas em Santo André (39.688), São Bernardo (627) e Mauá (13.403) representam, juntas, cerca de 144.822 metros quadrados de extensão asfáltica.

Em 2022, o número de pedidos para execução do serviço de tapa-buraco aumentou 114% em comparação com o período pré-pandemia. Em 2019, foram solicitadas 5.345, enquanto neste ano o número subiu para 11.449.

O tempo de atendimento varia para cada cidade. Em São Bernardo, a administração executa o fechamento do buraco em até 48 horas, conforme informou o Paço. Já em Santo André o prazo é definido conforme a hierarquização viária: máximo de 48 horas para vias de área central e tráfego intenso; máximo de cinco dias úteis para locais de tráfego médio e até 15 dias úteis para as demais vias.

O retorno de Ribeirão Pires ocorre no máximo em três dias. Mauá é o município com maior tempo de espera, que varia entre 30 e 45 dias. "Realizamos reparos conforme programação nas regiões e priorizamos atendimentos nas vias principais, corredores de ônibus e ruas de feiras", destacou a administração mauaense.

SERVIÇO TEMPORÁRIO

A operação tapa-buraco deve ser considerada como medida pontual e paliativa, destaca o professor do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da Escola de Engenharia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Ronderson Queiroz Hilário.

"Quando se fala em recapeamento de vias é preciso analisar se essa é a única solução. Operação tapa-buraco pode ser considerada medida pontual e paliativa, que deve ser executada apenas quando há um problema pontual no pavimento. Não necessariamente um revestimento ruim é o único problema, tem que verificar se a complicação está também nas camadas abaixo, por exemplo. Não adianta ter um pavimento todo deteriorado e sair fechando os buracos", explica.

Sobre a abertura recorrente de crateras, mesmo após serem fechadas, o docente ressalta a necessidade de acompanhamento do projeto executado. "O maior desafio é verificiar o que está causando o problema no pavimento, se foi erro no projeto, erro de execução ou, por exemplo, se no local está passando uma carga maior do que foi projetada para aquela via", finaliza.




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