Em 13 de dezembro de 1992 o futuro Azulão realizava o sonho de chegar à Primeira Divisão paulista
Num dia quatro de dezembro aconteceu
Aquele fato que marcou a nossa história
Foi nessa data que pujante ele nasceu
Um clube já predestinado para a glória
Composição de Carlos Roberto De Jesus Polastro para o Hino da AD São Caetano.
Era um domingo. O palco, o Estádio Anacleto Campanella. Taquaritinga, o adversário, já assegurara o acesso. O São Caetano lutava pela segunda vaga com o Taubaté, que naquele mesmo dia e horário enfrentava o São Bento, em Sorocaba.
Ao Taubaté não bastava vencer o São Bento, o que aconteceu (1 a 0). Era preciso mais: torcer por uma derrota do São Caetano, daí porque o representante do Vale do Paraíba ofereceu 10 milhões de cruzeiros a cada jogador do Taquaritinga para vencer o São Caetano.
O Taquaritinga chegou a estar vencendo por 2 a 0. O São Caetano chegou ao empate por 2 a 2 no final do segundo tempo.
Na terça-feira seguinte, 15 de dezembro de 1992, o Diário estampou em manchete: “São Caetano sobe e já pensa no time para 1993”. E na quinta-feira, dia 17, o mesmo Diário publicava este poster do São Caetano que hoje Memória reproduz. E foi tanto sucesso, que o poster voltou a ser publicado no domingo seguinte.
Iniciava, a AD São Caetano, um rush que o levaria a grandes conquistas. Dentro de campo, Serginho Chulapa; nos bastidores, o prefeito Luiz Tortorello. Os nomes do clube e da cidade chegariam aos píncaros da glória – para usar uma expressão que foi moda entre os antigos. Depois, a curva descendente
30 ANOS DEPOIS
Consagrado como “Azulão”, o clube vive sua desoladora e mais triste história, comenta Agostinho Folco, presidente da torcida Bengala Azul.
“O estádio está abandonado. A Prefeitura nos tomou a sede. Troféus, taças e diplomas estão empilhados numa sala de antiga academia ao lado do estádio que serve como parte da sede atual. A parte administrativa fica no estádio. Os funcionários não recebem”, comenta, desolado, o Sr. Agostinho.
Tanto assim, que o 4 de dezembro da fundação do São Caetano só foi lembrado pelas suas quatro torcidas – Comando Azul, Gladiadores, Azul Loucura e Bengala Azul. Nenhum diretor compareceu ou mandou representante à festinha organizada, que teve bolo, champagne e saudades.
Sobram a história, o hino, as cores, as histórias de conquista e a tênue esperança de que algo de bom aconteça. Treinam os juniores para a próxima Copa Paulista, treinam os profissionais. E 2023, como será?
O POSTER
Em 1992, Genésio Ferrante o presidente (o 1º em pé à esquerda), Arnaldo, Cássio, Carlão, Cavani, Rodnei, Uílton, Daniel, Claudio e Airton; agachados: Pádua (massagista), Daniel Silva, Paulinho, Marcão, Luiz Carlos (encoberto), Helinho, Serginho Chulapa, Walbert e Dr. Jaime Tavares Junior (médico).
Crédito da foto 1 – Banco de Dados
Crédito da foto 2 – Luiz Romano (acervo e divulgação)
SAUDADES. O poster do acesso do Azulão em 1992 que o Diário publicou e o Sr. Agostinho da Bengala Azul em 2022: somente a torcida celebrou o 4 de dezembro
DIÁRIO DA COPA
Sérgio Paz, do Memofut.
Diretamente do Catar.
Ele e sua bicicleta.
Crédito da foto 3 – Sergio Miranda Paz
MAU PRENÚNCIO. Sexta-feira, 2 de dezembro: Brasil 0, Camarões 1
VIAGEM NO TEMPO
Gustavo Longhi.
Lembranças de todas as Copas.
2014. O Brasil supera em tristeza os 2 a 1 de 1950, e a Imprensa não perdoou: 7 a 1 frente aos alemães
MARCAS GUARDADAS
Luiz Romano.
São Caetano.
Há 20 anos...
Crédito da foto 4 – Acervo: Luiz Romano
2002. O registro do penta e a última grande alegria
SANTOS DO DIA
Luzia
Odila (ou Otília)
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