Política Titulo Entrevista
Amigão afirma que Volpi rompeu com ele na gestão

Candidato a prefeito participou de sabatina do Diário e criticou ações ‘unilaterais’ do ex-chefe do Executivo durante mandato

Artur Rodrigues
07/12/2022 | 08:50
Compartilhar notícia
Claudinei Plaza/DGABC


Candidato a prefeito de Ribeirão Pires na eleição suplementar que acontecerá no próximo domingo, Humberto D’Orto, o Amigão D’Orto (PSB), afirmou na sabatina promovida pelo Diário, na noite de ontem, que o ex-prefeito cassado Clóvis Volpi (PL), de quem era vice, foi o responsável pelo rompimento político entre ambos. 

“Quando houve a cassação, ele decidiu, de forma unilateral, que o candidato dele seria alguém do PL, coincidentemente o filho dele, Guto Volpi (PL)”, declarou Amigão. 

Segundo o candidato, houve dois acordos entre ele e Volpi na formação da aliança na eleição municipal de 2020. O primeiro seria a redução de cargos comissionados na Prefeitura e do número de secretarias. O segundo era de que Clóvis não se candidataria à reeleição em 2024, contando que o ex-prefeito cumprisse todos os quatro anos de mandato, não podendo, assim, indicar o filho como sucessor. “Eu queria reduzir os comissionados e as secretarias, mas esse acordo foi desfeito logo após a eleição. O combinado era que a Prefeitura tivesse entre 11 e 12 secretarias, e hoje nós temos 14”, disse o ex-vice-prefeito.

ASSISTA A ENTREVISTA COMPLETA

PROPOSTAS DE GOVERNO

Amigão frisou que a sua principal proposta de governo é a implementação do orçamento participativo em Ribeirão. Para ele, esse é um método que funciona em algumas cidades do Grande ABC.

“Hoje, a população não participa do orçamento da cidade. A sessão da Câmara é às 14h, horário em que a maioria das pessoas está trabalhando. Nosso objetivo é que a população nos mostre quais são as prioridades. Faremos reuniões nos bairros e depois discutiremos as propostas em audiências públicas”, disse. O candidato também afirmou que uma de suas primeiras medidas como prefeito, caso eleito, será revogar a taxa do lixo. 

“Eu já fui contra a lei quando era vereador. O serviço já era prestado pela Prefeitura e pago pelos cofres públicos. Criaram uma taxa do lixo com requintes de crueldade quando a embutiram na conta de água. A lei é clara, a base de cálculo não tem relação com a Sabesp”, declarou.

ALIANÇA COM O PT E KIKO

Ex-vereador de oposição da gestão de Adler Kiko Teixeira (PSDB), Amigão disse que recebeu bem o apoio do ex-prefeito tucano, mas frisou que Kiko não irá indicar nomes para o secretariado. 

“Fui opositor à gestão do Kiko, mas nunca à pessoa dele. Não faço ataques pessoais, faço críticas e elogios ao trabalho de cada um. O apoio dele é muito importante, é um ex-prefeito da cidade, mas ele não irá indicar secretários no meu governo”, declarou. 

O candidato a vice de Amigão é o petista Renato Foresto, de quem o candidato a prefeito foi aliado na Câmara. “O Renato foi uma das primeiras pessoas que chamei para conversar quando me elegi vereador. Juntos, fizemos uma oposição séria na Câmara. Pode ser que em algum momento tenha votado em outro candidato que não era do PT, mas nuca fui opositor ao partido”, afirmou Amigão. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;