Setecidades Titulo Chuvas trazem alerta
Casos de dengue caem 63,6% em três anos no Grande ABC

Dados avaliam meses de janeiro a outubro dos anos de 2019 e este ano; chuvas intensas ligam alerta na região

Beatriz Mirelle
06/12/2022 | 10:41
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Dino Santos/PMD


Os números de casos confirmados de dengue diminuíram 63,6% no Grande ABC na comparação entre janeiro e outubro de 2019 (1.859 casos) e o mesmo período deste ano (677). As notificações retrocederam 50,23%, indo de 5.504 em 2019 para 2.723 nos dez primeiros meses deste ano. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde do Governo de São Paulo.Mesmo com a queda significativa, os boletins foram afetados por conta da crise sanitária gerada pela Covid-19. “A pandemia interferiu na contabilização de quantas pessoas tiveram dengue nos últimos anos porque os serviços de saúde voltaram os esforços ao combate do novo coronavírus”, diz o infectologista Kléber Luz, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia.

No período de verão, as altas temperaturas e o tempo chuvoso reacendem o alerta sobre o possível crescimento de casos de dengue, com picos nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. “As notificações sobem no verão porque há proliferação dos criadouros. Esses três meses podem gerar explosão nos casos.”

A doença é causada pela picada de mosquitos fêmeas<CF51> Aedes aegypti</CF>. De acordo com o infectologista Kléber Luz, os sintomas começam pela febre, que tem duração de dois até sete dias. “Em geral, ela vem acompanhada de mais dois indícios, como dores de cabeça, atrás dos olhos, nos músculos, nas articulações e no abdômen. Além de poder causar queda nos glóbulos brancos”, afirma. “Essa doença dura, no máximo, 10 dias.” 

O mosquito também ocasiona enfermidades como zika, chikungunya e febre amarela. Para conter as infecções, cidades como Santo André, São Bernardo e Diadema já começaram campanhas de combate em novembro, com atividades educacionais e mutirões para eliminar lugares de risco. A maior forma de combate é o controle dos criadouros. Segundo Luz, os moradores devem prestar atenção em caixas d''água, vasos de planta, pneus abandonados, bebedouros de animais de estimação, piscinas sem uso e em manutenção. 

Em números totais de confirmados, entre janeiro e dezembro, 2019 registrou 1.881 casos. Em 2020 caiu para 195 e em 2021 aumentou para 702. Entre os notificados – suspeitos –, 2019 teve 5.933 casos nos 12 meses. Em 2020, recuou para 1.967 e 2021 subiu para 2.463.

Santo André possui a iniciativa Brigada contra o Aedes, com mais de 260 órgãos cadastrados e 780 brigadistas treinados para o controle do mosquito. As escolas municipais, estaduais e particulares recebem profissionais capacitados e materiais de conscientização de proteção à doença. O número para denunciar locais de risco com possibilidades de criadouros do mosquito é 0800 019 1944. São Bernardo alerta que regiões como Rudge Ramos, Parque São Bernardo, Vila União, Taboão e D.E.R (Centro) são as mais propícias a notificarem casos da doença. Por isso, realizam ações de limpeza nesses locais.

São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires também participam de iniciativas como avaliação de densidade larvária (levantamento da infestação do mosquito na cidade), vistorias em pontos estratégicos e imóveis especiais, orientações de casa em casa para os moradores, bloqueios de criadouros e nebulização (uso de inseticida para matar os mosquitos). “O trabalho, realizado durante o ano inteiro, inclui visitas a casas, pontos estratégicos (ferros-velhos), imóveis especiais (unidades básicas de saúde e escolas) e bloqueios em regiões de casos suspeitos, além da ADL (Avaliação da Densidade 




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