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Parque Central completa 30 anos com anúncio de modernização

Maior equipamento público de Santo André receberá R$ 4,5 milhões em investimentos da Prefeitura; área verde recebe até 5.000 visitantes por dia

Joyce Cunha
Do Diário do Grande ABC
06/11/2022 | 09:40
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Celso Luiz/DGABC


As páginas do Diário de 26 de setembro de 1992 anunciaram nova conquista para moradores do Grande ABC, em especial aos andreenses. “Os portões do Parque Central de Santo André se abrem amanhã para a população, a partir das 9h, com a promessa de perfeitas condições de uso”, destacou o jornalista Dinilson Vieira na introdução de sua reportagem. 

Três décadas depois, a área verde de quase 400 mil m² se consolidou como uma das principais da região. Ao redor de seus lagos, em suas trilhas ou espaços de lazer, o agora Parque Deputado Cicote – Central recebe até 5.000 visitantes nos dias ensolarados, nos fins de semana. São pessoas que escolhem o destino para a prática de atividades ao ar livre, meditação, entre outras. 

Sueli Felix, 35 anos, pedala sua bicicleta por quase 40 minutos para chegar de sua casa, na Vila Luzita, ao parque. O esforço físico é recompensado sob a sombra de uma árvore, onde, nesta sexta-feira, aproveitou a tarde para colocar a leitura em dia. “Gosto de ler, mas quase não tenho tempo”, explicou Sueli, que é professora. “Leio em casa, mas acho que aqui eu acabo incentivando outras pessoas à leitura. E também gosto de vir e sentir o vento”, contou.

O Parque Central é hoje o maior da cidade. Para manter uma estrutura tão grande, a Prefeitura de Santo André conta com equipe de 52 profissionais, divididos em turnos. São destinados R$ 2,7 milhões anualmente para que o espaço permaneça limpo e em boas condições de receber os visitantes.

“Melhorou bastante, viu? Nas gestões anteriores, a gente sentiu que o parque ficou abandonado. Agora está muito mais bem cuidado. Até as nossas vendas aumentaram. E a gente gosta muito daqui”, garantiu Rivania Azevedo Souza, 45, que ao lado do marido, Antonio Alves Souza, 65, trabalha há 11 anos com a venda de água de coco e caldo de cana em em frente à entrada do Parque (Rua José Bonifácio, S/N, Vila Assunção). O equipamento funciona das 6h às 20h. 

DESENVOLVIMENTO

Ao longo de 30 anos, o Parque Central esteve inserido no contexto de transformação social e urbana de Santo André. Um dos capítulos mais emblemáticos desta história foi a desativação da comunidade do Gamboa. Na edição de setembro de 1992 do Diário, ação na Justiça para a preservação da área destinada ao parque foi noticiada. Em 2015, o processo de remoção das famílias para unidades habitacionais foi concluído. 

Dez anos antes, em 2005, o Parque ganhou sua primeira revitalização. De lá para cá, em espaço anexo à grande área de preservação ambiental, a cidade ergueu o Sabina Parque Escola do Conhecimento, recentemente modernizado pela Prefeitura. Bem ao lado, o município constrói seu primeiro hospital veterinário público e mais um Pet Parque. 

No horizonte de ações voltadas ao fortalecimento dos equipamentos de lazer e de proteção de áreas verdes da cidade, o Paço andreense anuncia novos investimentos para o Parque Central em 2023. “Começaremos o ano com a modernização das quadras esportivas e a ampliação da iluminação de LED, em especial das pistas de caminhada, e do sistema de monitoramento”, afirmou o prefeito Paulo Serra (PSDB). 

Serão destinados R$ 4,5 milhões para as intervenções, com entrega prevista para abril do próximo ano. “Estamos trabalhando o lazer, a cultura e a preservação ambiental como políticas públicas. Quando a gente prioriza a qualidade de vida e a cidadania integral, conseguimos mudar o conceito de fazer gestão”, disse. 

Em seu trigésimo ano de vida, o Parque Central celebra sua trajetória e abre espaço para novas histórias. A pequena Helena, filha de Bruna de Moraes, 31 e Allan Klosouski, 32, de São Bernardo, teve seu primeiro aniversário eternizado em ensaio fotográfico no jardim próximo à concha acústica. “Gostamos bastante do local”, disse a mãe de Helena. 




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