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De olho nas deficiências
Flávia Braz
Especial para o Diário
04/09/2006 | 22:55
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Fiscalizar as ações do governo do Estado. Essa é a principal proposta do postulante a uma vaga na Assembléia Legislativa Celso Martins de Souza (PCdoB-São Bernardo). “Não tenho condições de falar que vou fazer isso ou aquilo. Temos de fiscalizar, apontar o erro e sugerir”, afirma o candidato, que pretende trabalhar em conjunto com o MP (Ministério Público). “O principal é apontar as deficiências que o Estado apresenta.”

Na esteira dos demais concorrentes ao Legislativo, Souza, que disputa um cargo público pela primeira vez, destaca a Educação e a Saúde como sendo os principais focos de sua plataforma de campanha. “Queremos lutar com a população de São Bernardo para criar um hospital tal qual o Mário Covas (estadual). Também vamos brigar muito pela realização de concursos públicos e pela não terceirização do serviço. Isso resulta em atrasos nos atendimentos”, diz.

Já no tocante à Educação, o candidato ressalta a falta de freqüência dos professores como um dos fatores responsáveis pela deficiência no ensino. “Hoje no Estado, se fizermos uma fiscalização diária da escola, pelo menos um professor falta. Imagina quanto isso vai trazer de prejuízo para a criança no final do ano?”, questiona.

A transferência de recursos federais para a Educação, segundo Celso, também deve ser alvo de fiscalização. Para ele, apesar de o repasse ser feito por meio da chamada verba carimbada (25% do Orçamento deve ser destinado para a Educação), os municípios “dão um jeitinho” de utilizar os recursos em outras áreas. “A Cidade da Criança (centro de recreação de São Bernardo) estava um caos. O que eles fizeram? Transferiram esse bem para a Educação para usarem a verba da secretaria”, analisa.

Mote – Para o comunista, a educação integral – na qual a criança fica o dia todo na escola – pode ser um “grande mote” para a melhoria das escolas estaduais. Ele, no entanto, faz ressalvas. “Desde que você tenha as condições necessárias para que a criança seja bem atendida é uma boa medida. O que acontece hoje é que as crianças no período da tarde ficam sem monitores e professores para encaminhá-las para atividades.”

A coalização de forças dentro da bancada do Grande ABC, conforme o candidato, pode constituir-se em alternativa para solucionar os problemas da região. Atualmente, entretanto, Souza considera que os deputados do Grande ABC têm agido como “guarda-costas” do governo. “Ela pode ser muito forte. Tem condição de trazer benefícios, mas hoje tem uma característica muito grande de assegurar e proteger o governo”, critica.

Se eleito, o candidato promete resolver os imbróglios da Assembléia. Como? Literalmente na base do grito. “O principal, dentro daquilo que tenho condições, é primeiro gritar bastante e, logicamente com uma boa assessoria, traçar estudos para poder beneficiar com a elaboração de emendas e projetos”, diz. (Supervisão de Lola Nicolás)




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