Economia Titulo Santo André
Craisa estima alta de 10% nas vendas para o feriado de Finados

Porém, lojistas estão otimistas e esperam números ainda melhores

Da Redação
29/10/2022 | 10:30
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André Henriques/DGABC


 A comercialização de flores para o feriado de Finados gera boa expectativa aos comerciantes. A estimativa é que as vendas subam em 10% na comparação ao ano passado, segundo a Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). Os vendedores afirmam que os retornos desta data são maiores que o Dia das Mães, por exemplo. Porém, eles se preocupam que o aumento do custo dos materiais tire parte do lucro.

Gabriela Santos, 22 anos, gerente da Floricultura Maria e Giselle, localizada na frente do Cemitério Santo André, na Avenida Queiroz Filho, afirma que o feriado do dia 2 é quando o estabelecimento mais lucra. “De todas as datas comemorativas, esse é o momento que mais alavanca as vendas. Em um dia, a gente consegue ter o mesmo retorno que teria com seis meses de trabalho de segunda a sábado.” 

Nesta época, Gabriela destaca que o crisântemo e kalanchoe (ou flor-da-fortuna) são os mais pedidos. “O primeiro é mais comprado pelo preço, de no máximo R$ 15. Em 2020, vendemos cerca de 80 caixas com seis crisântemos. A expectativa é que esse número dobre na quarta-feira.” Já a kalanchoe é escolhida pela durabilidade, de 30 a 35 dias. “Infelizmente, tivemos muitas mortes com a pandemia e isso também é considerado para projetar as vendas.”

A proprietária da Mon Amour Floricultura, Ellen Silvestre, 43 anos, tinha uma loja no Bairro Jardim e, há um ano, decidiu mudar a unidade para a Rua Coreia, perto do Cemitério do Curuçá. “Os valores são mais baratos aqui. Minha mãe trabalha nessa área há 50 anos. O feriado de Finados gera muito movimento na rua ao longo de todo o dia.”

Segundo Ellen, as vendas foram baixas nos últimos anos. “Acho que agora vai ser a volta desse comércio. 2020 e o ano passado foram péssimos. Estimo alta de 40% em relação a 2021. Vendemos muito crisântemo e unidades de rosas.”

Apesar do tom otimista, a proprietária pontua que os preços das flores subiram muito e, consequentemente, estão interferindo no lucro. 

“Os preços abaixam em dezembro e ficam razoáveis até março. Quando o Dia das Mães se aproxima, tudo fica mais caro e não abaixa. Arcamos com alguns prejuízos por ser um produto perecível”, diz.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá de Benedetto, há uma procura, ainda que pequena, por rosas de corte. “Devido ao risco de proliferação da dengue, vasos com água não são mais indicados em cemitérios”. Ele explica que o comércio de flores está em recuperação após final das restrições pela pandemia de Covid-19. 

A Craisa realiza o Mercado de Flores toda terça e sexta-feira, das 17h às 21h. As vendas acontecem na Avenida dos Estados, número 2.195.




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