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Região atinge 61% de cobertura contra poliomielite

Das 136 mil crianças menores de 5 anos, 83 mil estão imunizadas e cidades não alcançam meta de 95%; doses continuam disponíveis durante todo ano

Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
24/10/2022 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC 20/8/22


A oito dias do fim da campanha estadual de vacinação infantil contra a poliomielite, que encerra na próxima segunda-feira (31), os municípios do Grande ABC não atingiram a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde de imunizar 95% do público elegível – crianças com menos de 5 anos. Hoje é celebrado o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, data estabelecida pelo Rotary Internacional em homenagem ao nascimento de Jonas Salk, líder da primeira equipe que desenvolveu uma vacina contra a poliomielite

Até o momento, a região vacinou 61,3% do público infantil, segundo levantamento do Diário com dados das prefeituras. No total, das 136.060 crianças elegíveis para vacinação, 83.536 receberam o imunizante contra doença. 

Para tentar alcançar os faltosos, além da divulgação nas redes sociais e em materiais impressos, as prefeituras realizam busca ativa nos bairros, em escolas e também promovem mutirões de vacinação. 

Mesmo com a prorrogação da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que teve início em 8 de agosto e foi encerrada no dia 30 de setembro, o Brasil não conseguiu alcançar a meta proposta e ficou com 65,6% de cobertura vacinal, segundo o Ministério da Saúde.

A pandemia da Covid-19, confusão com atualização da caderneta infantil e fake news sobre o tema podem ser alguns dos motivos para baixa cobertura, conforme afirma o professor de Infectologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Munir Akar Ayub. 

“A efetividade da vacinação ao longo dos anos trouxe falsa sensação de segurança para os pais. Porém, é preciso ficar atento. O vírus continua circulando por alguns países do mundo, como o Afeganistão, por exemplo, e a única maneira de manter o vírus fora de circulação é vacinando as crianças”, alertou o médico. 

Além das campanhas, o especialista acredita que os municípios deveriam aumentar o horário de atendimento nos postos de saúde. “Muitos pais trabalham até tarde e não conseguem levar as crianças. Fechar um pouco mais tarde que às 17h e abrir aos fins de semana seriam ótimas maneiras para atrair este público”. finalizou. 

DOSES DISPONÍVEIS

O imunizante contra a doença segue disponível durante todo o ano nas unidades de saúde das cidades. A vacina contra a poliomielite deve ser aplicada em toda população menor de 5 anos para evitar a reintrodução do vírus, que causa paralisa infantil, no País. 

As crianças menores de 1 ano deverão ser imunizadas conforme a situação vacinal para o esquema primário. Já os pequenos de 1 a 4 anos devem tomar uma dose oral (gotinha), desde que já tenham recebido as três doses da Vacina Inativada Poliomielite do esquema básico. 




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