Moradores do centro da cidade reforçam compromisso com cidadania
Os eleitores de Santo André chegaram cedo para votar no Américo Brasiliense, na Praça IV Centenário. Antes das 8h, cerca de 20 pessoas aguardavam a abertura da escola. Durante a primeira hora, nenhuma urna precisou ser trocada e a movimentação no local foi contínua, mas sem filas.
O entorno do colégio está marcado por santinhos de diversos candidatos. Leitores do Diário informaram que outros pontos da cidade, como nas escolas estaduais Celso Gama e Senador João Galeão Carvalhal, também possuem panfletos espalhados nas ruas. O descarte incorreto desses materiais é considerado crime eleitoral. Até o momento, a reportagem não flagrou nenhum caso de boca de urna.
Uma das primeiras pessoas da fila era a seguradora Cristina Borcari, 46 anos. “Decidi adiantar esse processo porque tenho outros compromissos. O voto é uma forma de exercer o direito como cidadã. É uma eleição difícil até porque passamos pelo processo da pandemia, que foi um momento muito delicado. Além de ser uma obrigação, é uma forma para conseguirmos mudar o futuro do Brasil”, declara a moradora da Vila Curuçá.
Edson Dima, 40 anos, é professor de inglês e português no Américo Brasiliense e decidiu ajudar durante as votações deste ano. “O voto é a forma do cidadão expressar a sua posição e ser ouvido. Nesse período, toda ajuda é necessária. As eleições são controversas, caóticas. Fazemos o que está ao nosso alcance para diminuir a bagunça.”
O cozinheiro Miguel Tampelini, 25 anos, do bairro Casa Branca, votou pela segunda vez para presidente e está ansioso para o resultado. “Como uma pessoa trans e preta, as eleições são muito importantes. Temos que levar representatividade para dentro do Congresso. Todos precisam colocar mais a mão na consciência e saber que até o (preço do) quilo de feijão que você compra no mercado é reflexo do seu voto na urna. Independente de ideologias, o voto é válido e tem peso. Aqui, na escola, o processo de organização foi super tranquilo.”
De acordo com Eder Rossi, 52 anos, que trabalha com tecnologia da informação, as escolhas que são tomadas na urna são determinantes para entender o que vai acontecer nos próximos anos. Acompanhado da esposa e da filha, ele afirma que prioriza para votarem todos juntos. “Viemos bem cedo para podermos ficar com o dia livre. Organizamos nossa agenda da melhor forma possível para virmos os três. Em casa, cada um faz sua escolha e pensa por si.”
Neste ano, é necessário deixar o celular com o mesário durante a votação. “Não vejo problema nenhum sobre as novas regras, nem trouxe o meu celular para não ter problema. Regras são regras e precisam ser cumpridas sejam elas quais forem”, completa Rossi.
Na hora de votar, a ordem exigida será Deputado Federal (quatro dígitos), Deputado Estadual (cinco dígitos), senador e seus dois suplentes (eleitor deve teclar 3 dígitos); Governador e Vice-Governador (dois dígitos); e Presidente e Vice-Presidente da República (dois dígitos).
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