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Confiança da Indústria cai 0,8 ponto em setembro, a 99,5 pontos, diz FGV
28/09/2022 | 08:41
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O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 0,8 ponto em setembro, após alta de 0,8 ponto em agosto, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice atingiu 99,5 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), por sua vez, recuou 1,4 ponto porcentual, a 80,8%.

A queda do ICI em setembro foi puxada pela avaliação da conjuntura atual, enquanto as perspectivas para o setor se mantiveram estáveis. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 1,9 ponto, para 100,9 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) cresceu 0,1 ponto, para 98,0 pontos. No mês, houve queda da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais monitorados pelo levantamento.

Nas aberturas do ISA, o indicador que mede o nível dos estoques variou 0,3 ponto em setembro, mantendo resultado favorável abaixo de 100 pontos. Os indicadores que medem a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios e o grau de satisfação das empresas com o nível de demanda caíram, respectivamente, 4,1 pontos e 1,7 ponto, para 97,6 pontos - o menor nível desde março de 2022 (91,9 pontos) - e 101,5 pontos.

Entre os componentes do IE, a tendência dos negócios para os seis meses seguintes subiu 1,7 ponto em setembro, para 98,5 pontos - próximo dos patamares observados no último trimestre de 2021. O otimismo com a evolução da produção física nos três meses seguintes recuou 1,0 ponto, para 91,1 pontos - o pior desempenho desde março de 2022 (90,3 pontos).

"Em setembro, a confiança da indústria recuou influenciada por uma percepção dos empresários de queda na demanda por produtos industriais de todas as categorias de uso, exceto nos produtos de consumo de bens não duráveis. Tal resultado afeta negativamente a avaliação sobre a situação atual dos negócios, apesar de uma descompressão nos custos com a redução dos preços do petróleo e da energia", afirma o economista do Ibre/FGV Stéfano Pacini, em nota.

O economista do Ibre/FGV pondera que as expectativas melhoram um pouco nos próximos seis meses, mas indica cautela considerando um cenário de contenção de investimentos por uma política monetária mais restritiva.




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