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Alemanha: confiança do consumidor projetada para outubro cai à mínima histórica
28/09/2022 | 07:53
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A confiança do consumidor na Alemanha deve cair em outubro para o nível mais baixo da história, à medida que as expectativas de renda caem devido à alta inflação.

O índice projetado de sentimento do consumidor medido pelo grupo de pesquisa de mercado GfK prevê que a confiança cairá para -42,5 em outubro, ante um valor revisado de -36,8 em setembro.

O nível é o menor desde que a coleta de dados para a Alemanha reunificada começou em 1991.

O resultado veio pior do que o previsto por analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que estimavam -38,5.

"As atuais taxas de inflação muito altas de quase 8% estão levando a grandes perdas de renda real entre os consumidores e, portanto, a um poder de compra significativamente reduzido", explica o especialista em consumo da GfK, Rolf Buerkl.

Como atualmente é impossível prever quando a inflação diminuirá visivelmente, o sentimento do consumidor enfrentará tempos difíceis nos próximos meses, segundo Buerkl.

O GfK usa dados de subíndices do mês atual para derivar um valor de sentimento para o próximo mês. Tanto as expectativas econômicas quanto a propensão a comprar registraram quedas moderadas, enquanto as expectativas de renda caíram para um nível recorde. As expectativas de renda caíram de -45,3 em agosto para -67,7 em setembro.

A propensão a comprar continua sua tendência de queda, caindo de -15,7 em agosto para 19,5 em setembro. Este é o oitavo declínio consecutivo e a leitura mais baixa desde outubro de 2008, em meio à crise financeira global.

As expectativas econômicas também continuam sua tendência de queda em setembro, caindo de -17,6 para -21,9 no período. Muitos consumidores estão cada vez mais preocupados que a economia alemã possa entrar em recessão, o que também se deve em parte ao enfraquecimento do consumo, segundo o relatório.

Para uma recuperação sustentável do sentimento do consumidor alemão, a inflação deve ser combatida, o que exige que o Banco Central Europeu (BCE) continue com sua política monetária restritiva, recomenda Buerkl. Fonte: Dow Jones Newswires.




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