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Educação regional em crise
Do Diário do Grande ABC
20/09/2022 | 08:20
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O desastre dos indicadores da qualidade de ensino revelado na sexta-feira pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da educação Básica), do MEC (Ministério da educação), reproduziu-se no Grande ABC. Levantamento do Diário feito pela jornalista Joyce Cunha e publicado nesta edição mostra que estudantes que concluíram o ensino fundamental 1, do 1º ao 5º anos, nas redes municipais das sete cidades em 2021 tiveram piora no aprendizado quando os resultados são comparados aos de 2019. Trata-se de verdadeira tragédia, posto que é no período inicial que os alunos assimilam conhecimentos essenciais que vão auxiliá-los pelo restante da vida. A questão é: o que está sendo feito para melhorar a situação?

Quando questionados sobre a razão do desempenho medíocre, cem por cento dos responsáveis pelo ensino nas sete cidades sacam argumento que, ao menos à primeira vista, parece irrefutável: a pandemia da Covid-19. Ninguém em sã consciência pode ignorar que as restrições impostas para controlar a disseminação do novo coronavírus tiveram impacto significativo na qualidade de ensino, já que muitos estudantes do Grande ABC não tinham condições ideais de informatização para acompanhar as aulas on-line ­ parte do problema foi solucionada com a distribuição de equipamentos eletrônicos, mas e o restante? Foram muitos os que não conseguiram acompanhar as atividades de forma remota.

Infelizmente não se vê nenhuma movimentação prática de gestores e autoridades educacionais no sentido de reverter os indicadores desastrosos apontados pela prova do Saeb. E essa crítica inclui as sete cidades. O Grande ABC está dando como formados no primeiro ciclo do ensino fundamental estudantes que têm dificuldades para assimilar conhecimentos básicos, como o de realizar operações de adição e subtração, no caso de matemática, ou compreender frases simples escritas em Língua Portuguesa. Enquanto a região não fizer um pacto revolucionário pela educação de qualidade, o efeito deletério do ensino precário seguirá provocando vítimas. É preciso mudar. É hora de agir.




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