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As urnas definirão o destino do turismo? Não!
Rodermil Pizzo
13/09/2022 | 00:01
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O Brasil é um dos poucos países do mundo que conseguem desassociar política de economia. Este aprendizado fora adquirido durante os anos de megarrecessão e hiperinflação.

O brasileiro não faz fusão do público e do privado, esta é uma das marcas do povo que dribla os percalços com soberania, ainda que não devesse fazê-lo.

Considerando então a habilidade brasilis em caso de re-vitoria da direita ou nova vitória da esquerda, o Brasil não deverá passar por grandes alterações no setor do turismo nos próximos anos.

A indústria turística no Brasil sempre fora negligenciada por todos os governantes, sendo de direita, esquerda ou centro. O turismo sempre será visto como área secundária.

Os melhores anos para o setor foram, sem dúvidas, com a gestão Fernando Henrique Cardoso, não que eu o idolatre ou acredite que tenha sido um grande estadista. Na verdade, por seu apreço particular pela Europa, aproximou os continentes e facilitou a integração, principalmente entre Brasil/Paris, quase uma ponte aérea, obviamente para brasileiros de grande poder aquisitivo.

Nos anos subsequentes, com o Partido dos Trabalhadores, na pessoa de Lula ou Dilma, a política para o turismo fica esquecida em primeira instância – posteriormente, recebe um leve impulso. Com campanha nacionalista e a visão de um Brasil brasileiro, enfatizam o Norte e Nordeste. O turismo ganha pequena notoriedade e faz ponte aérea Sudeste/Sul para Norte/Nordeste, com esquecimento do Centro-Oeste.

Transacionando para o governo Bolsonaro, o turismo deixa de ser ministeriável e leva duro golpe. Em primeiro momento a política da extrema direita Bolsonariana opta por minimizar o turismo e posteriormente, com a pandemia, enterra e a sepulta por completo o setor.

Atualmente o turismo se encontra em cova rasa com pá de cal. Todos os olhos de direita, esquerda ou centro estão unicamente nas urnas e no poder financeiro do agronegócio. Não que o agro seja tec ou pop, e sim porque as grandes fortunas de campanhas saem deste setor.

Analisando os discursos patéticos das campanhas dos candidatos, indiferentemente do cargo que almejam ou partido a que pertençam, nenhum menciona ou apresenta diretrizes futuras para o turismo, demonstrando assim, claramente, que a curto ou médio prazos nenhum investimento será aportado indiferentemente dos eleitos.

A construção civil que transformou o Brasil em um canteiro de obras e os programas de socorro social têm sido exaustivamente mencionados por tudo e todos em suas falácias.

Diante deste cenário, é certo e notório que em 2023 o turismo seguirá caminhando com suas próprias pernas e a plenos pulmões oxigenado com recursos unicamente dos empresários e a garra dos empregados.

Rodermil Pizzo é doutorando em Comunicação, mestre em Hospitalidade e colunista do Diário, da BandFMBrasil e do Diário Mineiro.




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