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Região registra 91 casos com escorpiões neste ano

Grande ABC conta com ponto estratégico de combate ao veneno; Estado realiza ações

Renan Soares
Especial para o Diário
25/08/2022 | 08:21
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Banco de Dados


Apenas neste ano, o Grande ABC registrou 91 ocorrências de aparecimento ou ataque de escorpião. São Caetano e São Bernardo, juntas, registram 84 ocorrências, chegando a 92% do total. No Paço são-bernardense, dos 33 chamados, cinco envolveram acidentes com ataque, todos de classificação leve. São Bernardo conta, inclusive, com uma das unidades da rede de pontos estratégicos do Estado. O Hospital de Urgência (Rua Joaquim Nabuco, 380), é um dos 211 locais em São Paulo com o soro antiescorpiônico disponível para os casos mais graves de ataque.

Em Santo André foram três ocorrências, mesmo número de Mauá. Ribeirão Pires apresentou apenas um caso e Diadema não registou incidentes com o animal. Rio Grande da Serra não informou os números até o fechamento desta reportagem. Neste ano, o Estado registrou 20 mil acidentes relacionados ao animal.

Nesta semana Estadual de Enfrentamento ao Escorpionismo, de 22 a 26 de agosto, os municípios do Estado realizam ações para conscientizar a população dos cuidados que se deve ter para evitar ataques de escorpiões e seguem mesmo após a semana.

Segundo Luciano Eloy, da Divisão de Zoonoses da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, diante do aparecimento de um escorpião, o ideal é manter a calma, pois o animal não irá avançar. Se for possível e a pessoa estiver segura, o bicho pode ser colocado em um vidro com tampa por meio de uma pinça longa. Após a coleta, o escorpião deve ser encaminhado à zoonose do município. Crianças de até 10 anos são consideradas grupo de risco para mortes e, para que o ataque do aracnídeo não seja fatal, é fundamental que a assistência seja rápida.

“A letalidade da picada do escorpião é alta em crianças. O atendimento rápido é essencial. No adulto não tem a mesma urgência e este pode procurar qualquer unidade de saúde para atendimento. Para criança não, ela precisa ir pro local correto para receber o soro antiescorpiônico”, afirma Eloy.

A picada acontece apenas quando estão pressionados. Os escorpiões habitam principalmente as galerias, tanto de esgoto quanto de água. No período noturno, ao procurar seu alimento – a barata –, ele sai de seu habitat e volta a se esconder ao raiar do dia. Neste momento, o animal entra nas casas e fica nelas por acidentes.

A orientação do Estado e das prefeituras passa por acionar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) pelo 192, principalmente no caso de crianças picadas, pois exige agilidade na assistência médica. Além de lavar o local com água e sabão, não se deve tomar outra medida que não seja procurar, com urgência, atendimento médico. A prevenção deve ser feita com o fechamento dos possíveis locais por onde o animal pode entrar na casa. 




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